Já se passaram alguns dias. Ainda assim, ecoam os resultados da Cimeira Estados Unidos-África, em que empresários do país norte-americano e africanos discutiram e analisaram estratégias para o melhoramento da cooperação.
É comum, em ocasiões do género, em que estão lado a lado e mergulhados vários interesses, dezenas ou senão centenas de pessoas se perguntarem sobre os resultados que tais encontros proporcionam.
Em Angola então, onde todos os dias se questionam inúmeras acções do Executivo e se põem, como não podemos deixar de ser, em cheque os eventos criados, surgem quase sempre muitos que tentam descredibilizar por quais motivos.
A mobilização de meios, pagamentos de hotéis, vinda de estadistas, protocolos, sala de eventos, alimentação e outras nuances fizeram com que viessem a Angola mais de centenas de personalidades, entre empresários e não só, interessados em incrementar os negócios com os Estados Unidos e também com os países africanos aqui presentes.
Os números indicaram mais de dois mil participantes. De vários ramos de actividade e nacionalidades. E o reconhecimento e os resultados começam a ser evidenciados, denotando que nada do que foi investido terá sido em vão, podendo-se, nos próximos tempos, colher ainda mais do que está a ser dado a ver na actualidade.
As entidades norte-americanas salientaram, ontem, que os acordos de investimento possibilitaram financiamentos na ordem de mais de dois mil milhões de dólares, apresentado como considerável um evento que parece ter batido todos os recordes.
Distantes durante a fase do conflito armado, a aproximação entre Angola e os Estados Unidos vai ganhando cada vez mais força. Por isso, longe do sector petrolífero, onde durante décadas os interesses americanos estiveram implantados, começam a surgir outros interesses empresariais, inclusive em áreas até então exploradas por empresários de outros países.
Da agricultura ao turismo, indústria e distribuição, os novos tempos irão demonstrar que é falando de negócios que angolanos, norte-americanos e outros estados africanos se vão entender numa linguagem que seja próspera para todos sem quaisquer dos participantes.
Os mais de dois mil milhões de dólares, agora quase certos para investimentos, poderão se transformar em empregos directos e indirectos em alguns países, entre os quais o nosso.
E muitos serão os angolanos que poderão melhorar as suas formas de vida, investir e criar riqueza, tudo com base num encontro que correu numa tenda na Baía de Luanda.