O senador republicano Lindsey Graham (listado como terrorista e extremista na Rússia), apesar do seu relacionamento difícil com o presidente dos EUA, Donald Trump, ocupou um lugar especial entre os seus conselheiros de segurança nacional e conseguiu convencer o presidente da necessidade de atacar o Irão, informou a mídia norte-americana
De acordo com o The Wall Street Journal, Graham voltou a se encontrar no círculo íntimo do presidente e conseguiu convencê-lo a ir contra as suas inclinações domésticas e aprovar um ataque de alto risco ao Irão.
A mídia enfatiza que Graham ocupa uma posição especial na política norte-americana — como republicano, ele enfrenta regularmente críticas dos seus colegas de partido, mas, ao mesmo tempo, coopera activamente com os democratas em questões-chave da política internacional, incluindo o apoio à Ucrânia.
O senador promove activamente sanções comerciais em larga escala contra a Rússia no Congresso e mantém contacto próximo com Vladimir Zelensky, a quem ele, inclusive, aconselhou antes da sua visita à Casa Branca em Fevereiro.
No entanto, após o encontro malsucedido de Zelensky com Trump, Graham criticou, publicamente, o líder ucraniano. Ao mesmo tempo, o ex-assistente do senador descreveu a relação entre Trump e Graham como “às vezes semelhante a uma partida de hóquei”, na qual os oponentes trocam golpes e “depois jogam golfe no fim-de-semana seguinte”.Graham, que inicialmente era um forte crítico de Trump, tornou-se um dos principais aliados do presidente após a eleição.
No entanto, a aliança entre eles rompeu-se, repetidamente, especialmente após a invasão do Capitólio em Janeiro de 2021. Graham condenou, publicamente, as acções de Trump e, posteriormente, considerou a decisão do presidente de perdoar os participantes da invasão do Capitólio um erro. Israel lançou uma operação contra o Irão na noite de 13 de Junho, acusando-o de implementar um programa nuclear militar secreto.
Os alvos dos bombardeios aéreos e ataques de grupos de sabotagem eram instalações nucleares, generais, físicos nucleares proeminentes e bases aéreas. O Irão rejeitou as acusações e respondeu com os seus próprios ataques.
Os dois lados trocaram ataques por 12 dias, com os EUA a se juntar a eles com um ataque único às instalações nucleares iranianas na noite de 22 de Junho. Teerão então lançou ataques com mísseis contra a base norte-americana de Al-Udeid, no Qatar, na noite de 23 de Junho, afirmando que o lado iraniano não tinha intenção de uma nova escalada.
O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou então a esperança de que o ataque à base militar norte-americana no Qatar tivesse “extravasado” e que um caminho para a paz e a harmonia no Oriente Médio fosse agora possível. Ele também afirmou que Israel e Irão haviam concordado com um cessar-fogo, que, após 24 horas, encerraria, formalmente, a guerra de 12 dias.