A 13.ª edição do projecto cultural “Estórias no Imbondeiro” voltou a reforçar os vários aspectos que ligam à identidade nacional, com a participação da historiadora Pulquéria VanDúnem, realizado no Centro de Ciências de Luanda (CCL), no sábado, em Luanda. O objectivo é promover a partilha intergeracional da tradição oral e reforçar a identidade nacional.
Pulquéria Van-Dúnem, que animou a referida edição, encantou o público com uma das suas narrativas numa simbiose entre gestos, pausas expressivas e lições morais.
A historiadora falou ainda sobre a importância desta iniciativa cultural e educativa que tem ajudado a conhecer aspectos profundos da nossa cultura e transmitir conhecimentos às novas gerações.
“Todas as histórias que contamos aqui trazem lições morais. São edificantes e mostram como os nossos antepassados entendiam a vida, a justiça, o bem e o mal.
É isso que devemos preservar”, salientou a historiadora que pediu um envolvimento activo das famílias no programa. Por sua vez, a porta-voz da actividade, Margarida Agostinho, explicou que “Estórias no Imbondeiro” tem como objectivo ligar as crianças à sabedoria dos antepassados, numa altura em que a tecnologia ocupa cada vez mais espaço nas suas vidas. Através desta iniciativa, acrescentou, procuramos equilibrar o saber científico com o respeito e valorização da ancestralidade.
Disse que o projecto é uma iniciativa mensal que promove a valorização da tradição oral angolana junto das famílias, em especial das camadas jovens.
O responsável afirmou o compromisso do centro com a promoção da ciência acessível e interagir com a cultura nacional. “As nossas histórias são vivas. Não são só contadas, são sentidas, comentadas e discutidas.
Este formato permite que o público se torne também contador, que traga à memória as suas próprias experiências e histórias familiares”, acrescentou. A presente edição contou com a participação de 50 crianças, acompanhadas pelos encarregados de educação.
A sessão teve a duração de uma hora, num ambiente intimista criado à volta de um simbólico imbondeiro cenográfico, remetendo ao espaço tradicional onde as histórias são partilhadas nas comunidades angolanas.