A UNITA, em Benguela, diz que vai, nos próximos tempos, solicitar uma audiência ao subprocurador-geral titular, Simão Cafala, para obter dele explicações do porquê da falta de celeridade em processos relativos a casos de intolerância política, ocorridos, sobretudo, no interior da província, destacadamente nos municípios do Bocoio, Cubal, Balombo e Ganda. Ele adverte, pois, que as instituições não devem só trabalhar quando “são visitadas”
A UNITA chamou, recentemente, a imprensa para dar conta de que o caso de Galanga, na província Huambo, onde se diz que deputados do seu partido foram atacados, teve envolvimento de cidadãos em Benguela, recrutados a partir do Lobito, que, segundo disse, se terão juntado mediante promessas de dinheiro.
Em relação aos casos de intolerância política registados na província de Benguela, em municípios como o do Cubal, Ganda, Bocoio, Balombo e Chongorói, para citar apenas estes, o secretário provincial da UNITA, Avelino Kanjamba, não avança números de processos emperrados na Procuradoria-Geral da República, mas salienta que, desde que se vem a denunciar casos de intolerância política, já era momento de alguns processos terem conhecido desfechos, e introduzido em juízo, uma vez que, em muitos desses casos, ocorreram perdas de vidas humanas.
O também deputado à Assembleia Nacional é de opinião que a não introdução de maior parte desses processos em tribunal facilita o vandalismo, ao chamar, por isso, à responsabilidade a Procuradoria-Geral da República.
“As instituições de foro judicial têm os seus modus operandi (…) Quanto mais céleres forem as respostas dos tribunais, melhor”, vincou. A UNITA fala da existência de uma série de casos que, até hoje, não tiveram o tratamento devido pela PGR. Explicita, a título de exemplo, “o atentado contra o antigo líder da bancada parlamentar da UNITA, hoje presidente do partido, Adalberto Costa Júnior, em 2016, na Capupa.
Se, até hoje, este processo não sai, só posso concluir que a justiça não tem sido justa. Se não teria já alguma referência em relação àquele processo’’, acusa, ao lamentar falta de segmentodos processos por parte de instituições judiciais.
“Estamos a apelar que haja uma justiça justa” – evocou – e garante que o passo a ser dado, oportunamente, é um encontro com o subprocurador-geral da República Titular em Benguela, Simão Cafala, advertindo que “as instituições não devem só trabalhar quando são visitadas”.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela