O director Nacional Adjunto do Comércio Externo de Moçambique, Ali Mussa, reconheceu, nesta terça-feira, a 17.ª edição da Cimeira Estados Unidos-África como uma oportunidade que existiu para galvanizar as trocas comerciais com Angola, no quadro da estreita amizade que começou há longos anos
Ao ser questionado sobre os objectivos traçados pelo seu país, na integração do encontro que junta diferentes empresários americanos e africanos, em Luanda, Ali Mussa destacou o valor que há na relação comercial com os Estados Unidos da América.
Considerou a Cimeira como sendo uma plataforma importante para dinamizar as parcerias empresariais e investimentos de África, um aspecto importante que leva à participação de Moçambique na Cimeira EUA-África, desta vez, em Luanda, tendo em conta o potencial que o seu país tem para o incremento das trocas comerciais. Com Angola, segundo Ali Mussa, Moçambique tem relações de amizade, cooperação histórica, irmandade e aproximação cultural.
Reitera que Angola consta dos países com os quais o seu Governo precisa estreitar mais as relações de cooperação, em termos de exportação e importação. Para Ali Mussa, existem vários aspectos, em Angola, que interessam a Moçambique, com destaque para o gás e outros recursos naturais, sem descartar a “vasta” experiência que tem a partilhar.
Reconheceu que o conhecimento que Angola possui vai além do comércio, tendo realçado a capacidade que o país anfitrião tem na capacitação dos recursos humanos. Ali Mussa diz que Moçambique quer, em Angola, encontrar suporte no aperfeiçoamento de quadros para o desenvolvimento próprio.
“Pois queremos, com Angola, encontrar espaços para poder galvanizar as trocas comerciais, considerando a possibilidade de se concretizar rapidamente, pela proximidade existente entre os países, com os aspectos culturais comuns’’, esclareceu Ali Mussa.
Em relação ao volume de trocas de negócios entre os países, o dirigente disse não ser significativo para as economias, apesar do companheirismo já cultivado. Para isso, o país de Moçambique encara o evento como uma janela aberta para estreitar ainda mais as relações económicas com Angola.
O líder moçambicano contou que, em 2022, Moçambique passou a fazer parte dos grandes exportadores de gás natural, e dispõe de muitos recursos naturais de procura global.
E, nos últimos anos, as trocas comerciais de Moçambique atingiram 484,5 milhões de dólares em termos de exportação, contra 957,2 milhões em importações, afirmou o director Nacional Adjunto do Comércio Externo de Moçambique. “Moçambique quer exportar e importar mais, para aumentar o volume de investimento com os Estados Unidos”, frisou.
Ali Mussa, na ocasião, apelou aos Estados Unidos da América para uma maior abertura dos investidores africanos dentro dos seus mercados. Disse que os empresários africanos precisam de abertura nos espaços norte-americanos, para que a produção africana tenha lugar. O dirigente moçambicano entende que os EUA devem facilitar a livre circulação de africanos no mercado americano, através de atribuições de vistos.