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Luanda no centro do xadrez económico mundial

João Feliciano por João Feliciano
23 de Junho, 2025
Em Opinião

Luanda acolhe, de 22 a 25 deste mês, a Cimeira Empresarial Estados Unidos – África, um evento de elevado simbolismo e impacto prático que, segundo dados disponíveis, deverá reunir mais de mil e 500 delegados, entre Chefes de Estado e de Governo africanos, membros da administração norte-americana e líderes de grandes corporações dos dois continentes.

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A escolha da capital angolana como anfitriã deste importante evento representa um marco significativo na diplomacia económica levada a cabo pelo Executivo liderado pelo Presidente João Lourenço.

Num contexto internacional cada vez mais competitivo, em que as grandes potências disputam influência em África, Angola assume aqui um protagonismo diplomático estratégico.

A realização da cimeira em Luanda não deve ser vista como obra do acaso. É o resultado de todo um esforço político e diplomático consistente, que incluiu, dentre outros, a visita do Chefe de Estado angolano à Casa Branca, e a vinda a Angola do então estadista norte-americano, Joe Biden, em Novembro e Dezembro do ano passado, respectivamente.

Contudo, o cenário político nos Estados Unidos mudou. O republicano Donald Trump voltou à presidência e com uma extensa agenda proteccionista – marcada pelas tarifas comerciais agravadas – que já afectam alguns produtos de origem africana, incluindo angolanas, e políticas migratórias mais restritivas, dos quais cidadãos nacionais residentes nos EUA estão também entre os visados.

Entretanto, este novo contexto levanta uma questão não menos importante: como transformar uma cimeira de aproximação económica num instrumento real de fortalecimento das relações bilaterais, quando as medidas da nova administração parecem apontar noutra direcção? Mas a resposta pode estar na economia real. Apesar da postura da Casa Branca, o empresariado norte-americano continua a ver em África uma das últimas grandes fronteiras de crescimento económico.

O continente oferece recursos em abundância, uma população jovem, um mercado em expansão e necessidades infraestruturais profundas — oportunidades únicas para investimento estratégico de longo prazo.

Para Angola, esta cimeira é uma montra. Serve para reafirmar o compromisso com as reformas económicas, atracção de investimento estrangeiro e melhoria do ambiente de negócios.

Mas também é uma oportunidade para apresentar o país como uma plataforma de entrada para o investimento norte-americano em África, ligando os interesses empresariais a oportunidades concretas nos sectores da energia, agricultura, infra-estruturas, telecomunicações e tecnologias emergentes.

Do ponto de vista africano, a cimeira em Luanda é também significativa por surgir como contraponto ao Fórum de Cooperação China–África (FOCAC), que há mais de duas décadas tem moldado a presença chinesa no continente.

A concorrência entre Washington e Pequim pode — se bem gerida — beneficiar os países africanos, desde que estes saibam negociar com visão estratégica, salvaguardando os seus interesses e evitando novas formas de dependência.

A presença de altos representantes norte-americanos em Angola, mesmo num clima global de incerteza e de políticas americanas menos abertas, demonstra a maturidade diplomática do Executivo angolano e a sua capacidade de dialogar com diferentes blocos de poder, mantendo, assim, uma postura soberana e equilibrada.

O desafio, agora, é transformar os entendimentos e networking da cimeira em resultados palpáveis: projectos estruturantes, financiamento acessível, transferência de tecnologia, geração de empregos e inclusão dos jovens no processo produtivo. África precisa de parceiros que invistam, mas também que respeitem, que tragam capital, mas também valor partilhado.

Da sua parte, Angola já deu um passo importante ao trazer o mundo para Luanda. Cabe agora garantir que os frutos deste encontro sejam duradouros e partilhados com toda a sociedade angolana, sem excepções.

João Feliciano

João Feliciano

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