Depois de vinte e quatro horas da morte do deputado da UNITA Diamantino Domingos Mussokola, feita a autópsia, o secretário-geral do maior partido na oposição, Álvaro Daniel, disse ao jornal OPAÍS que, para o bem da família, do partido e do país, aguardam por melhores esclarecimentos quanto ao líquido ou substância encontrado no cólon do político, que foi enterrado ontem, na sua terra natal, província do Bié
O secretário-geral da UNITA, Álvaro Daniel, em relação à morte do deputado Diamantino Domingos Mussokola, que foi a enterrar ontem no Cemitério da Kanusi, Andulo, província do Bié, disse ao jornal OPAÍS que, 24 horas depois da sua morte, o resultado preliminar da autópsia determinou uma substância corrosiva no cólon.
O responsável e também deputado do maior partido na oposição alegou que, segundo a explicação dos médicos legistas, a suposta substância alojou-se recentemente no organismo do deputado.
Para o efeito, os médicos legistas, sem avançar em que unidade hospitalar foi dado o passo posterior, informaram que levaram o líquido retirado do cólon para uma investigação mais minuciosa, de modo a identificar-se a real causa da morte do deputado, que vem sendo especulada que terá sido por envenenamento.
No entanto, o secretário-geral da UNITA, Álvaro Daniel, disse que nos próximos dias, o resultado final será esclarecido e espera-se que a verdade seja um facto quanto à morte de Diamantino Domingos Mussokola.
“Os médicos legistas terão encontrado uma substância corrosiva no cólon do deputado e feito uma perfuração. O líquido foi levado para um estudo mais aturado para determinar o que realmente é”, informou o secretáriogeral do UNITA.
Neste sentido, Álvaro Daniel referiu que este resultado interessa à família do malogrado, ao partido e ao partido, visto que será também um esclarecimento para o sector da saúde.
O responsável pelo maior partido na oposição disse que o certificado de óbito atesta esse facto, logo é importante esperar-se pelos resultados finais a respeito da morte do deputado.
O secretário-geral da UNITA alegou que as mortes devem ser tecnicamente esclarecidas, porque ajudam a medicina a dar resposta aos problemas incógnitos registados na nossa sociedade.
“Cada morte deve ser esclarecida para melhores diagnósticos e isso ajuda a esclarecer melhor as dúvidas que se levantam em relação aos casos desta natureza”, fez saber o responsável.
No entanto, Álvaro Daniel lamentou que a UNITA perdeu um quadro à altura dos desafios sociais, políticos e económicos de Angola, numa altura em que se avizinham momentos políticos de alta responsabilidade.
Velório no RI-20
Antes da urna que continha os restos mortais do deputado partir para a sua terra natal, província do Bié, familiares, colegas e amigos despediram-se Sábado de Diamantino Domingos Mussokola, no velório do QuartelGeneral, em Luanda.
Diante do momento de comoção, o primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional (AN), Américo Cuononoca, homenageou o deputado do maior partido na oposição em Angola.
Acto contínuo, o político depositou também uma coroa de flores ao pé da urna, assim como no livro de condolências, assinou expressando sentidos pêsames à família enlutada na província do Bié.
Por sua vez, a presidente do grupo de mulheres parlamentares, Teresa Neto, em nome da AN, leu uma nota de condolência e manifestou profunda dor e consternação pelo passamento físico do deputado Domingos Diamantino Mussokola.
Em nota final, o presidente do partido PALMA, Manuel Fernandes, elevou o deputado Diamantino Domingos Mussokola como um político dedicado e de trato fácil.
Comovido, Manuel Fernandes lamentou a perda prematura e disse que a melhor forma de honrar a sua memória é continuar a fazer leis justas, exercer fiscalização eficiente e trabalhar pelo bem-estar da população.
Diamantino Domingos Mussokola nasceu a 21 de Maio de 1971. Ingressou nos quadros da UNITA ainda muito jovem, por intermédio dos seus progenitores, partido pelo qual desempenhou vários cargos políticos, com destaque para o de secretário Nacional para a Organização da UNITA.
Formado em Relações Internacionais, professor de profissão, o malogrado era deputado à Assembleia Nacional desde a IV Legislatura. Entretanto, o malogrado era membro activo da Comissão de Relações Exteriores e Comunidades Angolanas no Estrangeiro, bem como do Fórum Parlamentar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).