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Associação denuncia discriminação na empregabilidade da pessoa albina

Stela Cambamba por Stela Cambamba
13 de Junho, 2025
Em Sociedade
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Associação denuncia discriminação na empregabilidade da pessoa albina

Pedro Nicodemos

Numa altura em que se regista alguns avanços no que diz respeito às políticas de protecção das pessoas com albinismo, com a aprovação do Plano de Protecção às Pessoas com Albinismo (PAPPA), o jornal OPAÍS conversou com o presidente da Associação de Apoio aos Albinos de Angola (4A’s), Manuel Vapor, que afirma ainda existirem muitas preocupações que afectam os filiados, com destaque para a discriminação que ainda perdura no acto de concorrer a uma vaga de emprego.A pessoa albina, após seguir os trâmites normais, ao ser chamada para uma entrevista, é posta de lado por conta da sua pigmentação diferenciada, segundo o entrevistado

Como é que a 4A’s encara o Plano de Protecção às Pessoas com Albinismo (PAPPA) 2023-2027?

Nesta Sexta-feira, 13, a Associação de Apoio aos Albinos de Angola (que conta com mais de dois mil membros, desde que foi criada em 2013) vai realizar a quarta conferência, onde vamos relembrar aos ministérios que têm a cota à parte, nos programas do Plano de Protecção às Pessoas com Albinismo (PAPPA), 2023-2027, para que cumpram com o que consta neste documento. Entre os ministérios estão o da Educação, Saúde, Trabalho, e várias outras instituições que estão inseridas para darem suporte às pessoas com o albinismo. Houve um financiamento no OGE para o apoio às pessoas com albinismo, que teve início no mês de Janeiro e o financiamento em Fevereiro, no caso da saúde ocular, para o Instituto de Oftalmologia Nacional de Angola, que tem a ver com a possibilidade de conseguirem consultas e óculos de forma gratuita. É um avanço muito importante, porém, ainda não está bem implementado porque não se criou parceria com determinadas ópticas onde os beneficiários poderão receber os óculos de forma gratuita. Ainda em fase de negociação, o financiamento está orçado em seis milhões de kwanzas para o apoio das pessoas com albinismo. Alguns já estão a ser beneficiados com as consultas, mas um número reduzido, até porque ainda não começaram a fazer a estatística e alguns não conseguem se deslocar ao referido instituto para faze- rem consultas de oftalmologia por motivo de saúde ou indisponibilidade financeira. A Associação é de âmbito nacional, entretanto, uma das grandes dificuldades tem sido dos associados que estão fora de Luanda chegarem à capital e conseguirem um local para serem alojados, assim como a logística para aguentar o período que for necessário até terminar a consulta. Para além do financiamento que têm para a saúde ocular, almejamos vir a receber também apoio para tratar das questões dermatológicas dos membros da associação, sobretudo, no que toca aos cremes, protectores solares e aparelhos bloqueadores e reparadores de lesões cutâneas.

Para além das questões de saúde, o que mais vão apresentar nesta quarta conferência?

Para além destas questões, na quarta conferência que arranca hoje, os albinos vão falar também da questão da empregabilidade da pessoa albina, que tem sido “um quebra-cabeça” e despertar a sociedade de que as pessoas albinas são um ser comum. Reconhecemos que os preconceitos reduziram consideravelmente, pois houve uma grande melhoria porque a associação foi desconstruindo algumas mentes dos mitos que as pessoas têm na mente, mas ainda há alguns que persistem. No caso da inserção no mercado de trabalho. Temos visto as pessoas no mercado de trabalho a concorrem em concursos públicos, mas neste grupo não encontramos nenhum deles que já albino ou que tenha sido inserido sem que vissem o seu tom de pele. Se apareceram alguns, talvez, fora do conhecimento da associação. Os nossos membros têm reclamado muito sobre isso, sobre serem discriminados nas vagas de emprego por conta da sua condição de pele. Temos registado muitas reclamações de pessoas que concorreram no mercado de trabalho e, apesar de serem capazes, não tiveram êxitos. Uns não concorreram, não conseguiram, porque, por vezes, já tenha estado naquele sítio uma vez, nos anos passados, concorreu e quando deram conta “face to face” que era uma pessoa albina, não o enquadraram. “Você é albino? Albino, sim. Está bem”, deixam os documentos de uma forma camuflada. Deixam passar dias sem respostas, e quando o candidato vem saber do enquadramento, dizem que já não tem vaga. Às vezes, a documentação que deixou encontra-se na mão de um guarda ou segurança. Quer dizer, que o albinismo, quando se vai procurar um trabalho, já é uma sentença negativa. E nós nunca nos interessamos em fazer contabilidade dessas situações, mas tendem a aumentar e a preocupar. Outros foram para o Ministério da Educação, outros foram para o Ministério da Saúde, porque temos enfermeiras também que concorreram e não foram aceites. Não passaram no concurso público, não é porque não foram aceites, mas porque não chegaram a passar.

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