O antigo director-geral da China International Fund (CIF) Angola, Yiu Haiming, foi atraído para trabalhar em Angola, em 2014, com a proposta de que haveria de dirigir as obras de conclusão do Aeroporto Internacional António Agostinho Neto (AIAAN), numa altura em que a empreitada estava a cargo dessa empresa chinesa, em troca de uma elevada quantia financeira
A sessão de ontem do julgamento deste mediático caso, que corre os seus trâmites na Câmara Criminal do Tribunal Supremo, teve início com o interrogatório deste gestor de nacionalidade chinesa, que está a ser julgado sob a acusação de, em co- autoria com os generais Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino” e o advogado Fernando Gomes dos Santos, de terem cometido diversos crimes.
Yiu Haiming procurou distanciar-se dos crimes de que vem sendo acusado e pronunciado, alegando que não tem absolutamente nada a ver com os negócios estabelecidos pelo grupo CIF Hong Kong em Angola, quer relativos à construção do novo aeroporto quer às centralidades do num dos seus maiores pesadelos.
Em função da crise económica, o Ministério dos Transportes suspendeu os pagamentos ao grupo CIF Hong Kong e optou por dar sequência ao processo de construção do novo aeroporto através de uma empresa chinesa de capitais públicos, passando o financiamento da construção a ser assegurado pelo Estado chinês. Deste modo, a permanência de Yiu Haiming em frente das obras do referido aeroporto foi bastante curta. “Desempenhou com zelo e dedicação o seu trabalho, procurando solucionar muitas das graves dificuldades que foi encontrando no âmbito da reestruturação do grupo CIF,” garantiu Adriano Sapuleta.
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