À coordenação do jornal OPAÍS, saudações e votos de óptima disposição! Nos últimos dias, quem circula pela cidade de Luanda e arredores depara-se com jovens de ambos os sexos a venderem em tudo quanto é canto.
Isto deve-se à crise social, económica e financeira que, a cada dia que passa, vai apertando ainda mais. Por essa razão, água fresca, bolinho, pão com manteiga, ginguba, quissangua e outros produtos podem ser encontrados em tudo quanto é canto. Mas, o que me chama atenção é que a “paracuca”, feita com ginguba e açucar, vai salvando Luanda.
A iguaria custa entre 100, 200 e 500 kwanzas, e muita gente, para aldrabar a lombriga, compra a que estiver ao seu dispor e, enquanto caminha, distrai a fome. Isso, como é evidente, muita gente compra e, ao mesmo tempo, permite que os vendedores consigam, no dia seguinte, voltar a comprar os ingredientes, confeccionar e depois voltar para a rua.
A Paracuca antes era ignorada por muita gente, mas hoje tornou-se a iguaria de eleição de muitos que até circulam de fato e gravata pela cidade.
A coisa está feia para muitos e bonita para poucos. Uns até já não sabem o que fazer, mas mesmo assim não querem atirar a toalha ao tapete. A esperança continua cada vez mais remota e não se sabe ao certo quando é que o quadro vai melhorar para as famílias sorrirem.
POR: Dilemba João, Prenda