A UNITA é, tal como as centrais sindicais, apologista de uma revisão ao imposto sobre rendimento de trabalho, mas condiciona-a a um estudo «aturado» para se compatibilizar com a actual qualidade de vida da população, que é, no seu ponto de vista, «péssima». Em declarações ao OPAÍS, à margem do acto que visou assinalar o 1 de maio, o secretário daquela agremiação partidária, Avelino kangamba, defendeu que, em relação ao aumento do salário mínimo nacional, mais do que o aumentar, é necessário que se aposte no sector produtivo, a fim de que, com pouco dinheiro, se «compre muito produto»
A UNITA manifesta-se solidária com os trabalhadores que, por ora, pressionam, através dos sindicatos, o Governo para baixar o Imposto sobre o Rendimento do Trabalho. O secretário do Galo Negro em Benguela considera urgente, para que, de certa medida, os trabalhadores não se vejam cada vez mais prejudicados, uma vez que o ordenado, por si só, não tem coberto despesas inerentes à cesta básica.
Ou seja, em rigor, nos dias que correm, os angolanos trabalham apenas para satisfação de interesse estomacal – declara. «Para não dizermos que não permite (o salário) reservar capital para desafios para além da alimentação», observa, ao sustentar que, deste modo, o trabalhador angolano está como que «condenado».
Avelino Kanjamba acusa o Governo de não estar interessado em responder às reivindicações das centrais sindicais relativas à redução do IRT, ao abrigo de um caderno em posse do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social. Adverte que os angolanos entenderam se agrupar em sindicato para exigir a quem governa que mude o quadro social deles, «fazendo um finca-pé.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela
Leia mais em