Não foi possível ontem a realização do encontro que colocaria na mesma mesa as delegações do Governo congolês e do M23, por motivos e circunstâncias de força maior, como justificou o mediador do conflito no leste da RDC. No entanto, esforços continuam para que a tão almejada paz prevaleça no país vizinho.
Era expectante que tal fosse ocorrer como vaticinamos, mas não foi possível, o que não quer dizer que seja impossível, pois tudo estará a ser feito para que tal ocorra por motivos sobejamente conhecidos, sendo o mais evidente a partilha de uma fronteira terrestre comum de mais de dois mil e 500 quilómetros.
Portanto, embora existam os “bota abaixo”, aqueles que torcem para que Angola não tenha êxitos nessa mediação, ao menos, um sinal claro foi dado pelo próprio grupo M23, ao ter dado nota de que certas instituições internacionais, entre as quais a União Europeia, estariam a minar os esforços de Luanda em obstruir as tão esperadas negociações de paz.
Ao que parece, pelo manifesto, há também interesse que o encontro e as negociações ocorram, o que à partida é um ganho para todos os intervenientes no processo.