Fórum Negócios & Conectividade
OPaís
Ouça Rádio+
Ter, 16 Set 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouça Rádio+
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

Da oralidade à escrita – literatura tradicional angolana: uma questão pedagógica II

Jornal Opais por Jornal Opais
27 de Fevereiro, 2025
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
0

A praz-nos salientar, que a apresente abordagem argumentativa, embora seja apenas extracto, surge da reformulação de um artigo nosso que resulta de convite formulado pela Comissão Nacional para o Instituto Internacional da Língua Portuguesa, na pessoa da Dra. Paula Henriques, para o Colóquio Internacional sobre Línguas Ágrafas, alusivo ao Dia da Língua Materna, cuja prelecção está marcada para o dia 27 de fevereiro de 2025.

Poderão também interessar-lhe...

Um golpe violento ao acervo bibliotecário humano nacional – Faleceu Paulo Tjipilica!

O peso de quem fica

O valor intangível da comunicação de marca: compramos marcas, não commodities!

Acreditamos que o presente colóquio se faz oportuno por razões antropológicas, políticas e, sobretudo, pela vasta esteira etnolinguística angolana.

Assim, propusemo-nos a uma abordagem construtivista e progressista por conta da dualidade conceitual de nação “angolana” que abarca o binómio relacional entre a esteira antropológica e política, que se acopla às línguas, entende-se aqui, como sistema semiótico, sistematizado e como produto cultural dos diferentes falantes.

Importa salientar, que à luz das sociedades de tradição oral, como é caso de Angola, uma das formas pedagógicas de transmissão de educação às novas gerações são as diferentes manifestações da literatura oral, contos, fábulas, adivinhas, mitos e provérbios, que traduzem, quer sob o plasma semântico, quer sob o plasma literal, a dinâmica sociolinguística dos variados segmentos que comportam as culturas dos diferentes povos que sustentam o imaginário angolano.

A finalidade pedagógica, até onde aferimos, sempre sustentou a construção da literatura oral. Por ora, para fundamentar o nosso argumento sobre a importância da literatura oral no panorama social angolano, recorremos à apelação do professor Benjamim Fernando quando alude sobre o funcionalismo significativo dos provérbios, por sinal, veículo de transmissão de princípios, de implementação da cultura da honestidade e do melhor servir “kyaku kyaku, kyangani kyangani – o que é teu é teu, alheio é alheio”.

Entende-se que que a função pedagógica consiste em: preparar os diferentes indivíduos que compõem a esteira sociopolítica para os futuros desafios, o de serem íntegros, comprometidos com o bem-estar colectivo.

Neste processo migratório da oralidade à escrita, assiste-se articulação entre a metáfora social e antropologia cultural que partem da oralidade e se concretizam na escrita como sistema de continuidade do vitalismo da oralidade por meio da palavra gráfica, por exemplo, em A Saúde do Morto, Os Funerais de Manguituka – o Terrível Bandido e Outros, Rosas e Munhungo, O Homem que Plantava Aves, Os Discursos do Mestre Tamoda, A Morte do Velho Kipacaça. Vejamos que os contos têm como finalidade a instrução e a formação social. Da oralidade à escrita compreende dois sistemas que apresentam tradições, influências e técnicas dicotómicas que, provavelmente, podem coabitar sem a omissão dos diferentes códigos que regem as suas estruturas enquanto instituições.

Daí que, embora a passagem da oralidade à escrita seja necessária, é peremptório que se mantenham os pilares da originalidade, sem o processo marginalizante da criatividade, e sobretudo toda a funcionalidade pedagógica da literatura oral.

A passagem da oralidade à escrita, caso concreto as adivinhas, todo o seu valor filosófico concernente ao exercício mental e à estimulação da imaginação são elementos que devem ser salvaguardados.

Os mitos, que geralmente se semantiza entre as fronteiras da verdade e da mentira, para o mosaico oral angolano subscrevem-se à educação acumulativa, isto é, como instrução e como educação, que é característica do tecido ontológico angolano. A literatura oral transmite, essencialmente, a cosmovisão dos diferentes grupos etnolinguísticos.

Pensamos que o processo migratório não inviabiliza a reinvenção dos seus elementos culturais no sentido de manter-se fiel aos traços caracterizadores que esqueletizam a literatura oral: formação preparativa e informação instrutiva aos diferentes agentes sociais em prol das comunidades.

Os provérbios traduzem a filosofia de vida, a visão que o povo tem, principalmente, a interpretação que faz sobre o mundo. Embora ao longo do seu percurso histórico e produtivo sofram algumas alterações que possam afectar os diferentes níveis, concretamente: estrutural, semântico, estilístico, o que origina também o surgimento de versões diferentes do texto tradicional, hipoteticamente, original.

 

Por: HAMILTON ARTES

Jornal Opais

Jornal Opais

Recomendado Para Si

Um golpe violento ao acervo bibliotecário humano nacional – Faleceu Paulo Tjipilica!

por Jornal OPaís
16 de Setembro, 2025

As primícias deste dia 15 de Setembro de 2025, não foram portadoras de bons ventos, pelo contrário, trouxeram a nós...

Ler maisDetails

O peso de quem fica

por Jornal OPaís
16 de Setembro, 2025

Nos últimos dias, a nossa sociedade foi abalada por notícias de perdas que nos entristecem profundamente. Foi o caso do...

Ler maisDetails

O valor intangível da comunicação de marca: compramos marcas, não commodities!

por Jornal OPaís
16 de Setembro, 2025

O conceito de marca não é novo, remonta à antiguidade, quando escultores assinavam suas obras para proteger a identidade do...

Ler maisDetails

Linguística Textual – uma leitura

por Jornal OPaís
16 de Setembro, 2025

A ferimos que a linguística textual é o campo do saber que toma o texto como seu objecto de estudo....

Ler maisDetails
Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade

ONU vai debater no Conselho de Direitos Humanos ataque ao Qatar

16 de Setembro, 2025

Kremlin acusa Ucrânia de “abrandar artificialmente” conversações de paz

16 de Setembro, 2025

Ministério Público alega falta de provas no caso que envolve 12 activistas agredidos em Benguela

16 de Setembro, 2025

Um golpe violento ao acervo bibliotecário humano nacional – Faleceu Paulo Tjipilica!

16 de Setembro, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouça Rádio+

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.