OPaís
Ouvir Rádio Mais
Sáb, 12 Jul 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouvir
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

Especialista aponta perdas avultadas de recursos financeiros com a resistência da caça furtiva

A prática da caça furtiva de animais de pequeno porte e até de elefantes é antiga, apesar de medidas proibitivas da parte do Executivo. O Estado perde avultados recursos financeiros para proteger, sobretudo, as espécies ameaçadas

Jornal Opais por Jornal Opais
25 de Fevereiro, 2025
Em Economia
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
0
Especialista aponta perdas  avultadas de recursos financeiros  com a resistência da caça furtiva

O engenheiro ambiental Euclides Silva alerta que a caça ilegal não é apenas um problema ambiental, mas sobretudo, um entrave ao crescimento económico de Angola. Segundo disse, com a prática, compromete a imagem internacional de Angola, dificultando investimentos estrangeiros e acordos comerciais.

O fato de o tráfico ser uma actividade praticada por organizações criminosas, Angola pode sofrer sanções, porque estes criminosos financiam até guerras.

Mais adiante, Euclides Silva referiu que o Estado perde também receitas do turismo, especialmente do ecoturismo e do turismo de safári, porque há turistas que gostam de visitar animais.

Para a fiscalização, apontou que o Estado enfrenta maiores custos, porque o combate exige investimento em meios para patrulhamento, dinheiro que, segundo referiu, devia ser alocado em outras áreas.

Entretanto, reforça, há outro mercado, o do comércio ilegal de marfins que Euclides da Silva entende que muitas vezes é financiado por organizações criminosas, dificultando investimentos estrangeiros e acordos comerciais, apontando essa realidade como um dos prejuízos económicos.

Por dentro das vendas

Em Angola, as barracas de comida alimentam os caçadores de pequeno porte. De acordo com Teresa Miranda, vendedora de comida, logo pela manhã, os caçadores fornecem os animais.

Os preços variam consoante o tamanho e o tipo de animal, por exemplo, o veado (a cabra-do-mato) custa 50 mil kwanzas, a gazela, 10 mil, o macaco, 7 mil kwanzas.

Numa breve ronda feita por este jornal em alguns pontos de venda de carne de caça, constatou-se que o almoço custa entre 2 5000 e 3000 kwanzas. Mas vende-se também a carne seca em postas, nomeadamente nos mercados dos kwanzas e do quilômetro 30, ao preço de todos os bolsos, até 1000 kwanzas.

Mariza António, outra vendedora, disse ter consciência da proibição da venda dos produtos prevenientes da caça furtiva, porém, justificou, não sabe fazer mais outra coisa em termos de comércio, porque está neste negócio há 20 anos e é deste que sustenta a família e a escola dos filhos.

Os lucros não são fabulosos, segundo contaram, mas no final de cada dia, leva-se sempre para casa o sustento, repetiram as nossas entrevistas, sendo que algumas preferiram o anonimato e não serem fotografadas.

Fazendo fé nas palavras das nossas entrevistas, o lucro por cada animal é de 1000 kwanzas, por isso quanto mais animais comprar, maior é o lucro. Para quem vende almoço de carne de caça, como a senhora Teresa Cabaça, dona de uma barraca no Bengo, os dias de feriados prolongados e fins-de-semana são os que mais vendem, devido ao turismo interno.

Teresa, residente no Bengo, lamentou o fato de a província não ter um mercado de consumo. “Só vendemos mais nos feriados prolongados porque chegam aqui famílias de Luanda para turismo interno”, disse, esclarecendo que, ao longo da semana, “as pessoas trabalham aqui, mas consomem em Luanda”.

Ou seja, o sentido de consumo é inverso. Para quem tem fornecedor na zona leste, o ponto de comércio é o mercado do 30, em Luanda. Para as vendedoras do mercado dos kwanzas, os fornecedores são das províncias do Cuanza-Norte e Bengo (Sassa povoação) e Uíge, essa última principal formadora da carne de jiboia.

Da caça saem os homens e nos mercados estão as mulheres, uma rotina diária. A sobrevivência da espécie humana, que vê aqui o seu meio de sustento, e a proteção da biodiversidade entram em choque. Mas é um dilema que Angola tem de resolver, aliás, em outubro passado, o Executivo aprovou mais um decreto a reforçar a proibição.

Os caçadores usam meios como armadilhas tradicionais e até armas de fogo para o abate de animais que, depois, são comercializados nos mercados onde chegam às primeiras horas do dia.

POR:José Zangui 

Jornal Opais

Jornal Opais

Relacionados - Publicações

Executivo desembolsa mais de 27 mil milhões de kwanzas para serviços de limpeza no Icolo e Bengo
Economia

Executivo desembolsa mais de 27 mil milhões de kwanzas para serviços de limpeza no Icolo e Bengo

11 de Julho, 2025
LPM e ARC anunciam parceria estratégica em Angola e Portugal
Economia

LPM e ARC anunciam parceria estratégica em Angola e Portugal

11 de Julho, 2025
Projecto de reabilitação de infra-estrutura de produção de arroz no Luinga ganha financiamento de 6 mil milhões de kwanzas
Economia

Projecto de reabilitação de infra-estrutura de produção de arroz no Luinga ganha financiamento de 6 mil milhões de kwanzas

11 de Julho, 2025
Carteira de crédito do FADA avaliada em mais de 43 mil milhões de kwanzas
Economia

Carteira de crédito do FADA avaliada em mais de 43 mil milhões de kwanzas

11 de Julho, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouvir Rádio Mais

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.