Rosalina Caçissa descarta, desde já, cenários de bicefalia, tal como ocorrem nos municípios de Benguela e Lobito, onde Armando Vieira e Carlos Pacatólo, respectivamente, administradores da primeira e da segunda municipalidade, não são primeiros secretários, responsabilidades entregues a outros quadros do partido.
“Não haverá bicefalia(…) Pelo menos nos outros municípios, nós já temos aqueles que são os primeiros secretários comunais. Estes, por força da directiva número 04, serão elevados a primeiros secretários municipais”, sinaliza Caçissa, ao dar conta de encontros que devem ser realizados ainda ao longo do mês de Fevereiro, em sede dos quais se prevê abordar a questão relativa ao processo constituinte.
Por ora, a responsável lembra, porém, que grande parte deles, até bem pouco tempo, era responsável do partido a nível das localidades elevadas a município. Em virtude das alterações operadas ao abrigo da Divisão Político-administrativa, que injectou mais treze municípios para a província, perfazendo 23, o MPLA obriga-se a trabalhar para a materialização do processo orgânico, consubstanciado na realização de conferências constituintes.
Caçissa gaba-se, pois, do facto de o ser partido ser uma «máquina» e, como tal, está em constante movimento. “Nós temos aqui a possibilidade de termos mais treze primeiros secretários municipais”, disse, ao assegurar que, nos próximos dias, isto ainda neste mês de Fevereiro, se vão realizar algumas conferências, embora sugira, numa primeira fase, o aprimoramento de alguns passos, aprovados que estão cronogramas que estabelecem algumas balizas.
A «segunda» – como é tratada pelos camaradas – está conscien- te de que a indicação de boa parte dos 13 gestores públicos terá gerado descontentamento por parte de algum segmento do seu partido, porém sustenta que o ser humano é, por natureza, «insatisfeito», daí ser difícil agradar a todos.
Ela vincou, na perspectiva de dissipar dúvidas, que os «ora empossados» estão dentro dos critérios exigidos e a eles, assim sendo, cabe a materialização da máxima segundo a qual “o mais importante é resolver o problema do povo. Nós estamos aqui com uma equipa una e indivisível”, assegura. Segundo Rosalina Caçissa, o seu partido tem as condições objectivas criadas nos treze municípios, aliás, não fosse o «MPLA o povo e o povo o MPLA», ao garantir a implantação do «M» em tudo quanto é canto.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela