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Estudo indica que boa parte dos estudantes em Angola é ‘cabuleiro’

Um estudo científico, elaborado pelo docente universitário António Luís Julião, em dez províncias de Angola, apresentado recentemente, sustenta que uma boa parte dos estudantes em Angola se assume, despudoradamente, como cabuleiro. Este facto deixa o autor do estudo científico bastante apreensivo, apontando alguns docentes como principais culpados desse estado de coisas, por não elaborarem provas que estimulem a reflexão

Jornal Opais por Jornal Opais
27 de Dezembro, 2024
Em Manchete, Sociedade
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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Um estudo científico, elaborado pelo docente universitário António Luís Julião, em dez províncias de Angola, apresentado recentemente, sustenta que uma boa parte dos estudantes em Angola se assume, despudoradamente, como cabuleiro.

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Este facto deixa o autor do estudo científico bastante apreensivo, apontando alguns docentes como principais culpados desse estado de coisas, por não elaborarem provas que estimulem a reflexão.

O autor faz uma abordagem sobre os perigos da cabula e a prática de plágio que, ultimamente, se têm verificado em alguns trabalhos de fim de curso. Em declarações à imprensa, ele apontou o dedo a docentes, mas não deixa de responsabilizar os estudantes, por muitos deles não terem o hábito de leitura.

António Julião justifica que, ultimamente, se tem registado aquilo que qualificou de «banalização» do «fenómeno cábula». Enquanto autor universitário, decidiu dedicar-se a um estudo para entender a razão de tal quadro, tendo resultado na compilação da obra “Da fraude académica ao canudo: desonestidade no ensino superior, sociedade angolana ameaçada”. Ele percorreu dez províncias de Angola para entender o fenómeno da fraude académica, a julgar pelo facto de uma parte de estudantes fazer o percurso com condutas consideradas por si como desonestas

“São diplomados, recebem os canudos, mas não possuem as competências, habilidades, valores e ética que deviam possuir”, considera o docente universitário, advertindo que prática dessa natureza emperra o desenvolvimento do país. O docente diz ter tentado compreender as razões do recurso, como que recorrente ao plágio em monografias apresentadas por licenciandos em fim de curso.

Garante ter percebido que existe, objectivamente, um trabalho árduo pela frente a ser feito. Se, por um lado, alguns docentes pro- movem, implicitamente, a cábula, por exigirem que os estudantes transcrevam para as folhas de provas literalmente o que está nas sebentas (fascículo – se preferirem); por outro, também há discentes que têm uma «má-relação com os livros», ou seja, não lêem.

Os dados absorvidos, fruto do aludido estudo, são alarmantes, porquanto alguns estudantes se têm assumido, despudoradamente, como fraudulentos, socorrendo-se de diversos artifícios para a materialização de práticas como plágio e cábula.

“São assuntos poucos debatidos no nosso contexto”, refere Julião, ao sublinhar que, para além dos estudantes, o ônus da responsabilidade também deve recair sobre algumas instituições. “É um triângulo de culpados. Começamos pela instituição que o forma, depois os docentes, que muitas vezes as aulas não são muito apreciadas, as provas não estimulam reflexão, argumentação e, por último, é que vêm os estudantes”, aponta.

Neste particular, António Luís Julião acentua que a sua obra de carácter científico, que colhe impressões de norte, sul e leste, pode ser aproveitada pelas autoridades políticas para, a nível legislativo, se estabelecer medidas punitivas e/ou preventivas, de modo a combater o fenómeno.

Discordâncias à mistura

A estudante Bibiana Simons, que assistiu à apresentação do estudo, no Instituto Superior Politécnico Católico, aos Navegantes, em Benguela, aponta o dedo a alguns docentes, ao mesmo tempo que acena para o Governo. Em relação a docentes, ela admite que esses profissionais, em muitos casos, não têm ajudado, pois promovem transcrição integral daquilo que foi dado na sala de aula, não dando, por isso, espaço para alguma reflexão por parte de estudantes.

“Os professores não têm ajudado, querem que se diga tal como está na sebenta”, acusa. Fernando Povoação, um outro estudante, admite que, da parte de alguns estudantes, tem faltado também esforço e dedicação à leitura, daí, conforme salientou, o nível cultural e linguístico de alguns ficar muito aquém do desejado.

Para ele, docentes há que se aproveitam dessa manifesta fragilidade para elaborar provas que obrigam os estudantes a transcrever para a folha os conteúdos tal como o professor transmitiu, uma prática que leva os discentes a decorar a matéria e não a entender. “Isso não dá a possibilidade de os estudantes raciocinarem. Alguns professores pedem que a pessoa escreva tudo que ele quer.

E aí a pessoa não pensa muito”, reprova o estudante, que frequenta o segundo ano no curso de Comunicação Social. Porém, o professor Pedro Chikambi discorda da posição manifestada por estudantes de que acções de docentes têm concorrido para o estado de coisas e aponta o hábito de leitura a via para se inverter o actual quadro.

Ele enaltece o trabalho científico desenvolvido pelo autor do estudo e considera o assunto em questão muito sério. “É um tema bastante pertinente e já tive o prazer de ler, porque é um tema que mexe connosco, enquanto académicos”, resume o docente universitário.

POR:Constantino Eduardo, em Benguela

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