O assassinato do tenentegeneral Igor Kirillov, chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica russas, é, definitivamente, um acto de terrorismo, disse à Sputnik Michael Maloof, ex-analista sénior de políticas de segurança do Gabinete do secretário de Defesa dos EUA.
“[Os criminosos] colocaram a bomba num patinete eléctrico, do lado de fora do apartamento e a detonaram. Isso é terrorismo”, disse ele. O facto de o ataque ter ocorrido em Moscovo e de os criminosos saberem onde Kirillov morava sugere planeamento e coordenação significativos, levantando questões sobre o possível envolvimento de agentes ucranianos ou indivíduos russos a trabalhar para a Ucrânia.
Maloof disse que o papel de Kirillov em revelar o envolvimento da Ucrânia em pesquisas químicas e biológicas apoiadas pelos EUA fez dele um alvo.
“O que ele tinha feito foi revelar até que ponto a Ucrânia está envolvida em pesquisas químicas e biológicas ilegais nos EUA”, explicou Maloof, observando a natureza sensível das revelações.
“O que os Estados Unidos estão a fazer nesses laboratórios de pesquisa que ela, quando era membro do governo Biden, não queria que fosse revelado?”, perguntou Maloof. “Kirillov foi quem expôs que nesses laboratórios estavam em andamento pesquisas químicas e biológicas”, finalizou.
O chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica russas, tenente-general Igor Kirillov, e o seu assistente foram mortos em resultado da explosão de uma bomba junto a um bloco residencial em Moscovo na manhã de Terça-feira (17).