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IA’S: uma arma para a extinção do professor? Será que é o fim do professor?

Jornal Opais por Jornal Opais
29 de Novembro, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
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As discussões sobre educação estão intrinsecamente relacionadas com as reflexões em torno do processo de ensino e aprendizagem. O homem sempre procurou compreender algum fenómeno, encontrar alguma resposta das situações a seu redor, não poucas vezes acompanhada implícita ou explicitamente de uma necessidade de encontrar melhores vias para que se reflectisse, de facto, num aprendizado.

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Esta procura com vista a saber enfrentar os desafios da vida, o azo da educação, além de dar abertura a muitos pensamentos sobre educação numa perspectiva dicotómica entre ensino e aprendizagem, também tem levado a acesos debates sobre a actuação do professor numa época em que a tecnologia aparenta desafiar esta profissão, também uma missão, através da conhecidas inteligências artificiais, ou simplesmente IA’s.

Alusivo ao 47° aniversário do Educador, celebrado no passado dia 22, juntamo-nos à discussão para emitirmos nossa opinião ao mesmo tempo que parabenizamos todos agentes do processo educativo, partindo da família, enquanto primeira agência social e mola mestra da educação informal, continuando com a sociedade como promotora de um facto social capaz de moldar o comportamento do indivíduo, conforme nos ensinam os mestres da Teoria Interacionista e terminamos com o professor, o autor da execução do plano didáctico ou de ensino, na dimensão que a educação formal impõe.

Negar o contributo das IA’s na aquisição de novas técnicas pode ser sinal de descuido ou falta de coragem para enxergar a realidade que circunda os alunos, o que contribuiria para o fracasso no processo de ensino, por parte do professor, e de aprendizagem, por parte do aluno, apesar de os alunos também nos ensinarem, realidade considerada pelo pedagogo Rúben Alves como o desejo de aprender, se a arte de ensinar for levada com amor.

Actualmente, pode ser mais difícil dizer o que as IA’s fazem em relação ao que elas não fazem. Face a esta confusão, há quem ousadamente pergunta: o que o professor faz que as IA’s não fazem; outros vão mais além, alegando que os professores serão substituídos pelas IA’s.

E aqui perguntamos: estarão as IA’s a substituir o professor? Responder a esta pergunta de antemão não nos parece o mais sensato, sem introduzirmos uma breve abordagem sobre as Inteligências Artificiais.

A Inteligência Artificial começou a merecer destaque nos meados dos anos 80, principalmente, com o surgimento das produções ficcionais, textuais e cinematográficas, como, por exemplo Robô (livro de Isaac Asimov), Matrix e Exterminador do futuro, filmes dirigidos pelos cineastas Andy e Larry e James Cameron, respectivamente.

A partir da Literatura e do Cinema, o porquê da Inteligência Artificial passou a fazer parte da profunda reflexão de vários intelectuais, havendo estudos que defendiam que o filme Exterminador do futuro era uma mensagem subliminar da eliminação das actividades humanas pelas IA’s. Das opiniões divididas sobre o impacto da inteligência artificial no desenvolvimento humano, as mais comuns manifestam o risco existencial das tecnologias em detrimento de perigo como armas nucleares e desemprego em massa.

Neste desemprego massivo, o professor tem sido apontado como vítima. A partir do pressuposto do parágrafo anterior, nasce a questão: o professor ainda estará empregado com o avanço das tecnologias? Bem, nossa resposta pode ser sim ou não, a depender: a) do rumo a que se quer levar o ensino e b) de quem é o professor. Esta resposta não ocorreu gratuitamente.

Muito pelo contrário, é resultado da percepção que temos de que, se nos desvincularmos dos objectivos fundamentais da educação, desenvolver integral e harmoniosamente o indivíduo até a sua plena maturidade, olhando só para o tecnicismo, é uma questão de muito pouco tempo para o senhor professor ver sua profissão reduzida pela Inteligência Artificial.

Houve momento que se pensava que as IA’s só faziam mais sentido em conteúdos voltados a algumas ciências nomotéticas, como a Sociologia e a Psicologia, e idiográficas, como a História (isto na classificação do filósofo alemão Wilhelm).

Hoje, sem sombra de dúvida, a realidade nos tem provado que temos IA’s com “conteúdos sistematizados” para quase todas as áreas do saber. Isto quer dizer que, se o rumo da educação for o tecnicismo, não restará nenhum professor, pelo menos, para servir de reserva da profissão. Acontecendo isto, teremos a resposta da reflexão de Dalai Lama, que afirma haver tantos técnicos e pergunta onde estão os humanos.

Diremos apenas “não há nenhum humano”. Já em relação à negação desta pergunta, nosso fundamento centrase no facto de que não é possível as IA’s substituírem o professor se o foco continuar no desenvolvimento harmonioso e integral do homem até que alcance a plena maturidade, pois ensinar vai muito mais além da transmissão de informações de um conteúdo com necessidade de memorização mecânica, conforme defendiam os behavioristas.

Ensinar é partilhar tudo e mais alguma coisa. Um verdadeiro ensino engloba a partilha de valores, hábitos, experiências, cultura, e não apenas ciência. Se nos permitirem irmos um pouquinho mais além, talvez digamos que o DNA de um mestre de verdade se reflecte no discípulo, até porque tem se dito que se conhece o professor pelo aluno. Isso não é apenas no âmbito do domínio cognitivo.

Outro facto que invalida a possibilidade de as IA’s substituírem o professor, caso o rumo da educação seja o rumo do sim, associa-se à teoria DISC, do psicólogo norte americano William Moult Marston. Este estudioso do último quartel do século XIX e segundo do século XX, além de ser conhecido como o construtor da personagem cinematográfica Mulher Maravilha, levou-nos ao conhecimento dos quatros perfis comportamentais do ser humano.

Independentemente do factor mais alto que eventualmente alguém tenha, cada ser humano tem enraizado todos estes factores, influência é um destes factores. Logo, todo ser humano tem o factor influente, mesmo que seja baixo.

Só para darmos mais alguma chega, Marston entende que, além de todo o ser humano ter necessidade de se contactar com outros seres humanos, há nele também a necessidade de sentir validação de suas tarefas académicas e não só por outros seres humanos (não por robôs ou afins).

Para as IA’s não ofuscarem o brilho do professor, muito menos substituírem-no, este precisa oferecer muito mais além do que as IA’s podem oferecer; ou seja, o professor não só deve ter CHAVE, também precisa dar CHAVE (Conhecimento, Habilidades, Atitude, Valores e Ética) capaz de abrir a porta do novo homem no aluno.

De acordo com Ho Chi Mi, a mestria de um mestre morre quando não estuda. Com isso, chegamos à conclusão de que a morte do professor pelas IA’s depende simplesmente do próprio professor.

Mas, acima de tudo, estamos com Jacques Dollors. Afinal, a educação é sempre um tesouro a descobrir. Felizmente, a missão desta descoberta foi confiada unicamente aos que a podem cumpri-la, aos humanos, especialmente ao professor. E este, como sábio que é, fará das IA’s um óptimo recurso de ensino, e não numa categoria de professor auxiliar, muito menos substituto.

 

Por: Domingos Tchitocota Sativa

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