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Seguranças do hospital pediátrico há sete meses sem salário

Sentem a vida de suas famílias a apertar a cada dia que passa, porque os meses passam e as dívidas aumentam, crescendo com as mesmas os juros que têm de pagar a dobrar quando reembolsarem o dinheiro que, mensalmente, pedem aos cantineiros e kinguilas

Alberto Bambi por Alberto Bambi
22 de Novembro, 2024
Em Sociedade
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Um agente de segurança do hospital pediátrico David Bernardino, em Luanda, abordado por OPAÍS, no interior da referida unidade sanitária, terça-feira, 19, revelou que ele e os colegas estão há sete sem receberem os seus salários.

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“A última vez que nos deram o nosso salário foi do mês de Março, porque de lá para cá, ora nos dizem que o hospital é que não está a pagar a empresa, ora nos dizem que o Ministério das Finanças é que não está a dar o dinheiro”, informou o agente, que pediu para não ser identificado, a fim de evitar represália.

Segundo ele, no princípio, julgaram que se tratava de um problema ligeiro, que seria resolvido a qualquer momento, como a direcção da empresa Provigi lhes havia garantido, mas, quando passou o segundo mês e se registava a mesma situação, os efectivos começaram a ficar muito preocupados, porque as suas contas diárias apertavam cada vez mais.

“É que, enquanto esperamos pelo dia em que os salários vão voltar a cair nas nossas contas, nós temos de arranjar mecanismos para que a nossa família não deixe de comer, vestir, nem deixe de ter saúde”, ironizou o segurança, para dar a entender que ele e os colegas estão obrigados a contrair dívidas para poderem sobreviver.

O entrevistado contou que as contas que, diariamente, mexem com eles, são as da escola dos filhos, sobrinhos e outros agregados, pois, por estudarem, maioritariamente, em instituições do ensino privado, além da propina, há, constantemente, outras despesas, para cobrir, como emolumentos.

As dívidas por si referidas são recorrentemente feitas, a partir dos comerciantes que trocam dólares e euro por Kwanza e vice-versa (kínguilas), sob um sistema de juros, vulgarmente conhecido de um-por-dois, que exige o reembolso do dobro do valor emprestado. Por causa disso, certos funcionários da Provigi já têm o dinheiro dos salários em atraso comprometido.

“Mesmo quando um dia nos pagarem os vencimentos em atraso, teremos de entregá-los aos ´kinguilas´ e aos cantineiros que nos dão sempre dinheiro emprestado, só que assinámos um acordo de devolução pelo dobro, pelo facto de os tempos dos reembolsos estarem vencidos”, lamentou o segurança, que já tem, na sua conta, quatro empréstimos por pagar.

Para o trabalhador, que disse estar na Provigi, há mais de sete anos, esta situação não é nova, já que, segundo ele, em 2021, os trabalhadores já ficaram oito meses sem salário. Aliás, a fonte queixou-se dizendo que, mesmo nos períodos em que sentem que o ordenado flui, o processo de pagamento é moroso.

O trabalhador da Provigi confessou que só não se demite da empresa porque encontrar um novo emprego está difícil. Por conta da situação que estão a viver, alguns agentes de segurança, quando circulam e controlam os movimentos dos utentes, dentro das instalações hospitalares, criam oportunidades para pedir aos familiares dos pacientes alguma coisa para comer ou mesmo algum dinheiro.

Cozinheiras temem chegar à condição dos seguranças

Embora não tenha aceitado revelar o nome da empresa que os destacou no hospital pediátrico, para confeccionar a comida dos funcionários do Ministério da Saúde, uma cozinheira, entrevistada por este Jornal, deixou escapar um sobrescrito onde se podia ler com alguma facilidade Terra Bela. A senhora informou que ela e suas colegas já estão há três meses sem salário.

Quando perguntam os motivos do atraso salarial, os responsáveis da empresa prestadora de serviço do hospital que cuida, essencialmente, da saúde das crianças, atribuem a culpa à instituição contratante.

“Mas nós não podemos pagar pelos erros dos outros, porque isso afecta directamente a nossa família, que fica sem recursos para se sustentar”, reclamou a trabalhadora da Terra Bela, para quem a sua empresa devia ter uma fonte alternativa para acudir os funcionários, em situações do género.

Para demonstrar que a situação de sua casa está a tornar-se insustentável, a funcionária falou de um dilema que lhe coloca numa posição de solução difícil, porque, com os poucos recursos dos empréstimos, tem de decidir, se alimenta a família ou paga as propinas escolares.

“Isso para não falar das despesas normais, como as de água, energia eléctrica e televisão, além de roupa e calçados”, detalhou a cozinheira, tendo anunciado que as suas prioridades vão colocar de lado ou suspender a frequência dos filhos na escola. Outra situação que a deixa inquieta tem a ver com o facto de a empresa não ter nenhuma política de compensação para aliviar a dor dos trabalhadores.

Limpeza clama por assistência

Os funcionários da Aqua Oceano destacados no hospital pediátrico David Bernardino não têm problema de salário, de acordo com um deles, contactado pela equipa desta reportagem.

“Nós não temos problema de atraso de vencimentos, recebemos sempre a tempo. Mas o nos falta é assistência, durante o turno de trabalho, pois, não temos água para beber, muito menos direito a almoço”, relatou um funcionário dessa empresa de higienização, tendo adiantado que, para almoçarem, dependem dos favores do corpo médico local.

O interlocutor de OPAÍS revelou que os salários dos trabalhadores destacados na unidade sanitária está entre 60 e 80 mil kwanzas. “Reconhecemos que não estamos tão mal, mas ainda assim, se houver um aumento, já vai fazer muita diferença na nossa vida”, avaliou o prestador de serviços.

Administração do hospital indisponível

A equipa de reportagem de OPAÍS contactou uma funcionária da administração do hospital, para se pronunciar sobre o assunto. A funcionária da área administrativa que, na manhã de terça-feira, 19, atendeu os jornalistas deste Jornal não confirmou, nem desmentiu o problema, mas os remeteu a um suposto superior hierárquico que ela mesma se prontificou a chamar, mas que não chegava, alegadamente, por indisponibilidade.

Contactada que foi a directora do Gabinete de Comunicação e Institucional e Imagem do Ministério da Saúde, Heny Visales, alegou desconhecer o assunto, entretanto aconselhada a escrever uma carta para a ministra do sector.

Alberto Bambi

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