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Economia: a conjuntura e a estrutura (parte 2)

Jornal Opais por Jornal Opais
8 de Novembro, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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Economia: a conjuntura e a estrutura (parte 2)

A conjuntura, enquanto estiver relacionada aos ciclos económicos e políticos de curto prazo, a estrutura, por sua vez, estará ligada aos ciclos de longo prazo. Ou seja, em regra, uma mudança estrutural requer geralmente várias mudanças conjunturais.

A par da conjuntura, outro grande tema que define/influencia o crescimento e o desenvolvimento de uma economia, está relacionado com a composição estrutural, uma vez que a estrutura da economia de um país, por um lado, reflecte o resultado histórico dos processos que a constituíram.

Por outros, a disponibilidade global dos seus recursos, bem como os padrões da sua aplicação e os alicerces institucionais condicionaram a sua formação orgânica.

É de elevada importância, a compreensão do desenvolvimento económico como um processo de longo prazo, olhando sempre numa perspectiva histórica, uma vez que se trata essencialmente de um fenómeno social que implica mudanças de natureza estrutural de toda a sociedade (cultural, económica, social, política, etc.).

A questão da estrutura económica refere-se à relação entre os grandes sectores de actividade: primário (actividade agrícola e extractiva), secundário (actividade de transformação industrial) e terciário (serviços).

Atendendo ao facto de o crescimento desses sectores não ocorrer de forma harmoniosa, mas desigual, tal desfasamento sectorial constitui um elemento crucial para a avaliação da estrutura correspondente ao grau de desenvolvimento de uma economia.

Razão pela qual, a teoria do desenvolvimento económico prescreve, principalmente para as economias retardatárias, que somente será possível ultrapassar os baixos estágios de desenvolvimento recorrendo à industrialização.

O que por si só sustenta a ideia de Kuznets (1983), relativamente a sequência da comparação da estrutura económica e social dos países desenvolvidos face a dos países em via de desenvolvimento.

A literatura relativa ao desenvolvimento, reconhece que para um crescimento equilibrado e sustentável das economias fazse necessário diversificar a estrutura produtiva e centralizala em actividades económicas intensivas em tecnologia.

Pois, a industrialização substitutiva de importações imprimi importantes mudanças estruturais na composição do produto total da economia, na estrutura ocupacional, na estrutura interna da indústria, na estrutura de classes e na composição das exportações.

Infelizmente, constata-se que as “várias mudanças conjunturais”, muito provavelmente, não foram suficientes para promover modificações estruturais mais significativas e convergentes com a teoria do desenvolvimento económico na economia angolana, levando a vários questionamentos sobre as suas reais causas.

De forma geral, tem sido comum justificar-se o rumo da economia angolana à evolução dos preços do petróleo nos mercados internacionais, enquanto principal produto de exportação do país.

Mas será mesmo verdade que todos os “males” e “benesses” da economia angolana se resumem única e exclusivamente no “PETRÓLEO”!?!.. Salvo melhor opinião, não obstante a significativa importância do sector petrolífero na economia nacional, acredito que o maior tema da economia do país está relacionado à sua estrutura.

Pois, basta olharmos para o desempenho dos principais indicadores de estabilidade económica/financeira para facilmente corroborarmos que existem muitas e profundas distorções económicas estruturais e estruturantes.

Ou seja, tanto a evolução da taxa de inflação, da taxa de câmbio e da balança comercial quanto o nível de crescimento do PIB e da taxa de desemprego, facilmente deixam a mostra a existência de significativas debilidades económicas.

Pois, em grande medida, a acentuada e permanente depreciação da moeda nacional espelha o fraco nível de produção/produtividade da economia angolana, gerando fortes pressões na procura por meodas estrangeiras para fazer face às importações, resultando em sucessivos deficits da balança comercial.

O facto de as necessidades de consumo do país serem maioritariamente satisfeitas por bens e serviços importados contribui não só para a constante desvalorização do Kwanza mais também para a siginificativa elevação do nível de preços (inflação), aumento da taxa de desemprego e redução do nível de qualidade de vida dos angolanos.

 

Por: WILSON NEVES

*Economista

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