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Explorar a essência da China: património, progresso e hospitalidade de um país que nunca me esquecerei (II)

João Feliciano por João Feliciano
30 de Outubro, 2024
Em Opinião

Sim, nunca me esquecerei deste país magnífico, de gente acolhedora e de uma herança cultural que é transmitida de geração em geração. Desembarquei no Aeroporto Internacional de Beijing, na capital chinesa, às 16 horas e trinta e cinco minutos, dum sábado, 12 de Outubro de 2024, após uma longa viagem, a bordo de um Airbus 308 da Ethiopian Airlines, companhia aérea etíope, que fez escala Luanda, Addis Abeba e, finalmente, Beijing.

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Depois de aproximadamente 15 horas de voo, finalmente pousamos em Beijing, e a ansiedade por explorar uma das cidades mais fascinantes do mundo tomou conta de mim e do grupo de colegas com quem fiz esta viagem.

Estavam comigo colegas de vários órgãos de comunicação angolanos como o Pereira Santana, do Jornal de Angola; o Carlos Benedito, da Angop; Sebastião Hortêncio, do Novo Jornal e o Guilherme Francisco, do Valor Económico – todos com o mesmo entusiasmo por esta primeira experiência na capital chinesa.

A jornada, com os seus momentos de cansaço e excitação, reflectiu a expectativa em desbravar uma cidade que abriga o esplendor da Muralha da China, a Praça Tiananmen e o Palácio Imperial.

No avião, conversávamos sobre o impacto cultural e económico do gigante asiático no cenário mundial e em Angola, e sobre como seria a experiência de viver a rotina desta metrópole. Em Beijing, ou se preferir Pequim, a história pulsa em cada esquina.

Após a visita ao museu do Partido Comunista Da China, o outro ponto alto da visita na capital foi a Cidade Proibida. Ao atravessar os portões da Cidade Proibida, é impossível não ser ‘possuído’ pela grandiosidade e pelo magnetismo daquele lugar, que por séculos esteve reservado exclusivamente à realeza.

A primeira visão é avassaladora: uma sucessão interminável de portões, pátios e edifícios que desdobram-se em direcção ao horizonte, cada um a carregar histórias de imperadores e imperatrizes, de poder e mistério.

A arquitectura parece dançar ao ritmo de uma harmonia milimetricamente planeada; as paredes vermelhas vibrantes e os telhados dourados criam uma estética que nos transporta para uma China de outro tempo, de um império que marcou profundamente a história do mundo. Caminhar pelos vastos pátios é como percorrer um campo sagrado.

Em cada detalhe, desde os intricados dragões esculpidos nos corrimões de mármore até aos telhados adornados com criaturas míticas, sente-se a reverência que a Cidade Proibida ainda inspira.

Este complexo palaciano, construído durante a dinastia Ming, guarda uma sensação de isolamento quase espiritual, como se a voz de cada visitante fosse absorvida pelas grossas paredes que mantêm segredos de dinastias passadas.

Ao explorar os salões onde os imperadores tomavam decisões que moldariam a história, é fácil imaginar as cenas que ali se desenrolaram: ministros em roupas elaboradas, cerimónias ritualísticas, e o peso de decisões que determinariam a vida de milhões. E, ao chegar aos jardins internos, onde caminhos de pedra serpenteiam entre pavilhões e árvores antigas, há um raro instante de calma.

Ali, a beleza natural contrasta com a grandiosidade arquitetónica, o que oferece um vislumbre da vida privada da realeza. Para um visitante de primeira viagem, a Cidade Proibida é mais do que um monumento histórico; é uma experiência que nos lembra da transitoriedade do poder humano e do legado que pode ser deixado. Ao deixar seus portões, a memória do que se viu e sentiu persiste, como um eco que nos liga aos mistérios e maravilhas da China Imperial.

‘The Great Wall’

A experiência de palmilhar a Grande Muralha da China é algo que ficará gravado profunda e eternamente na minha memória, uma conexão quase surreal com a história antiga que se estende diante dos olhos.

À medida que se escala a muralha, seguindo os seus degraus íngremes e irregulares, cada passo revela um horizonte vasto e quase interminável. É como se a muralha serpenteasse pelo topo das montanhas, acompanhando o contorno natural da paisagem e desaparecendo ao longe, como um dragão gigante que dorme sob o céu. O ar fresco e o silêncio, interrompido apenas pelo som do vento, criam uma sensação de isolamento e introspecção.

O impacto do local não é apenas visual; é espiritual. A muralha parece pulsar com as memórias de séculos, ecoando as vozes e os passos de incontáveis guardiões, soldados e trabalhadores que deram as suas vidas para construir e proteger esta colossal estrutura que é uma das sete maravilhas do mundo. Cada torre ao longo do caminho oferece uma pausa, um local para observar o mundo em volta e reflectir sobre a imensidão da muralha e do próprio tempo.

Quando se olha para além da muralha, vê-se uma paisagem de montanhas que se estendem em todas as direcções, lembrando que este foi um projecto de uma escala incomparável, um feito monumental da humanidade.

Ao fim do percurso, a sensação é de ter viajado não só através da muralha, mas também no tempo. A experiência de estar sobre a Grande Muralha da China é um convite para compreender a perseverança e a engenhosidade do espírito humano.

Ainda em Beijing, a nossa agenda incluiu visitas ao Instituto ChinaÁfrica e ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde pudemos ver de perto a abordagem chinesa nas relações internacionais e a relevância que Angola e outros países africanos têm nesse cenário.

No Instituto China-África, tivemos uma recepção calorosa, com uma apresentação sobre as iniciativas conjuntas de desenvolvimento e os projectos de intercâmbio cultural e académico entre a China e o continente africano.

O “Vale do Silício” chinês

Após a intensidade de Beijing, seguimos para Shenzhen, uma cidade que respira inovação e progresso. Fundada como uma vila de pescadores, Shenzhen transformou-se, nas últimas quatro décadas, numa potência tecnológica e económica.

A imponência arquitectónica da cidade é simbolizada pelo Ping An Finance Centre, uma torre futurista com mais de 115 andares (o 5º edifício mais alto do mundo), que domina a paisagem e serve como um marco do avanço financeiro e tecnológico da cidade.

O edifício é um ícone do design moderno, representando a fusão de estética e funcionalidade, e reflecte o espírito arrojado que define Shenzhen. Shenzhen é separada de Hong Kong pelo Rio Shenzhen, uma fronteira simbólica entre o continente e a antiga colônia britânica. Essa proximidade geográfica, aliada à sua posição como “zona económica especial”, fez de Shenzhen um centro de inovação, aberto ao mundo.

A cidade tornou-se no lar de gigantes como Huawei e Tencent, estabelecendo-se como o “Vale do Silício” da China. Este dinamismo é palpável na sua infraestrutura, nos seus parques tecnológicos, nos centros culturais e na vibrante vida nocturna.

Tanto Beijing quanto Shenzhen mostram o potencial extraordinário da China. Beijing fascina com as suas tradições, os seus monumentos históricos e seu espírito acolhedor, enquanto Shenzhen inspira com sua modernidade e energia inovadora.

Essas cidades, juntas, exemplificam a singularidade da China, onde o passado e o futuro coexistem e evoluem em harmonia. Para todos nós, a China representa hoje muito mais do que um destino turístico.

Foi uma chance de ver de perto como o gigante asiático mistura história e modernidade, entender como a cidade equilibra o avanço tecnológico com a preservação da sua herança cultural, e, claro, experimentar a culinária local.

João Feliciano

João Feliciano

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