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Orlando Sérgio:“Tem que ter uma rede que faça os produtos culturais circularem por toda Angola”

Actor, encenador e produtor cinematográfico, Orlando Sérgio é um dos rostos mais populares da televisão angolana, começou a fazer teatro aos 15 anos de idade, ainda como estudante do liceu, em 1974. Mas foi na década de 2000 que ficou popularmente conhecido, através do personagem ‘Moisés Adão’ que interpretou na comédia televisiva “Conversas no Quintal”, emitida na Televisão Pública

Bernardo Pires por Bernardo Pires
11 de Outubro, 2024
Em Cultura, Destaque, Em Cartaz
Tempo de Leitura: 2 mins de leitura
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Orlando Sérgio:“Tem que ter uma rede que faça os produtos culturais circularem por toda Angola”

É actor há quase 50 anos, com passagem pelo teatro, cinema e comédia. Como surgiram os primeiros passos deste percurso?

Na verdade, eu comecei a fazer teatro aos 15 anos de idade, ainda como estudante do liceu, em 1974, sob coordenação do professor José Manuel Abrantes, e depois daí passei para um grupo teatral que se chamava “Xingânji”, que era coordenado por César Teixeira, que, naquela altura, já tinha um espectáculo em curso, que era chamado de “Poder Popular”, e passei a me dedicar a este grupo e daí nasceu a minha paixão pelo teatro.

Esta foi a minha primeira experiência como actor. Naquela altura, o país estava mergulhado em conflitos na luta pela independência, e os liceus ficavam lotados de refugiados de vários pontos do país e de outros países como Cabo-Verde e Guiné.

Então, as associações de estudantes, nos tempos livres, procuravam nos ocupar com actividades recreativas e culturais para ajudar a descontrair a mente da juventude.

Daí para frente continuou a dedicar intensivamente ao teatro?

Digamos que sim. O ‘Poder Popular’ foi o primeiro espectáculo de teatro na época pós-independência, mas depois foi desfeito por razões políticas na época, e só voltamos aos espectáculos teatrais anos depois, numa outra companhia que era já coordenada por Mena Abrantes. Depois estive preso por dois anos por questões políticas e, a partir da cadeia, passei a montar espectáculos, e de seguida entrei para a Faculdade de Medicina.

Depois decidi largar a faculdade e fui para Lisboa com o objectivo de fazer o curso de encenação, mas a escola não tinha essa especialidade, então fui para o curso de actores que me profissionalizou até hoje. Grande parte dos professores que tínhamos em Lisboa eram directores das principais companhias de teatro independentistas de Portugal, e convidavam-nos a participar de pequenos espectáculos. Digamos que foi lá onde passei a dar os passos profissionais na arte de encenação, quer no teatro quer no cinema.

Teve o “privilégio” de ser o primeiro actor negro a protagonizar a peça“Otelo”, com o personagem homónima (peça originária de William Shakespeare), no Teatro Cornucópia em Lisboa. Como descreve esta experiência?

Foi uma surpresa muito grande e agradável. Na faculdade, no final de um semestre, nós fizemos um exercício teatral que era baseado nas peças de William Shakespeare, e um dos dias o professor João Mota convidou- me para protagonizar o personagem “Otelo”.

Eu, na altura, me sentia incapacitado para fazer, mas eles insistiam tanto que acabei por fazer. Foi a primeira vez que a peça foi representada por um actor negro, em Portugal, e, coincidência ou não, foi também a primeira vez que a peça tinha-se tornado um sucesso, porque das vezes anteriores que foi protagonizada por actores brancos não era bem-sucedida, depois de eu a interpretar aquilo virou sucesso e passou a ganhar destaque em Lisboa e arredores.

Posso dizer que foi uma experiência incrível, mas também foi um trabalho muito duro, era um espectáculo com quatro horas de duração e a peça foi preparada e apresentada tudo no mesmo dia. Foi o trabalho que mais me marcou, é a peça que me tornou profissional conhecido no mundo do teatro

Bernardo Pires

Bernardo Pires

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