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O que é melhor – mediocrizar a juventude ou intelectualizá-la!?

Jornal Opais por Jornal Opais
29 de Julho, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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O que é melhor – mediocrizar a juventude ou intelectualizá-la!?

Assistimos a um paradoxo entre as falas e os actos na sua relação funcional. Isto é, quer-se uma juventude que seja capaz de responder às exigências da dialéctica existencial, por exemplo, resolução de problemas sociais, económicos e similares, porém, o marco das revoluções, entende-se, aqui, evoluções, e das rupturas que se subscrevem por via da racionalidade e do conhecimento científico são todos os dias substituídos pela retórica da violência simbólica e da propagação imagética da mediocrização.

A retórica ora levantada subjaz de uma série de constatações sobre o modus operandi da juventude angolana: desde as discussões dogmáticas à racionalidade, desde a ideológica à construção da consciência colectiva, desde a institucionalização da futilidade à mercantilização do tambor vazio como caminho da verdade.

Assim, recorremos à fala do poeta Gonçalves Dias que sublinha “que não se repreende de leve num povo o que geralmente agrada a todos” (2004, p.:18) Logo, a leitura analítica a que nos propusemos estende-se à postura comportamental, obviamente que, não pretendemos uma abordagem extensiva, assim, evitamos a generalidade discursiva sobre os jovens.

Ora, acreditamos ser fundamental que formação sistémica não se revitalize como mero campo de disputas ideológicas nem como espectro de arremesso quando nos faltam argumentos.

Pois, que se configure como veículo de diálogo multicultural, de expressão cognitiva, de aperfeiçoamento organizacional, da aceitação das pluralidades culturais e da construção da cidadania por ser o processo que nos permite olharmo-nos desalmadamente.

Em função da observação, aferimos que tem havido um crescimento exponencial de uma tendência esquematizada da mediocrização da sociedade por meio das redes sociais, por parte determinados órgãos de comunicação social e similares na propalação da adjectivação, do reducionismo e sobretudo do estanque do pensamento crítico que subentende a inoperância do desenvolvimento da cultura da racionalidade.

Notamos também a marginalização da ética e da moral como modo de vida que abre acepções para o imediatismo e os seus efeitos estilhaços na vida dos jovens em comunidades e para as comunidades.

Assim, parece-me que entre mediocrizar e intelectualizar, por razões objectivas ou subjectivas, o caminho escolhido é o que perfaz o encolhimento da razão, a propaganda intencional cujo fim se prende na certificação do despreparo da juventude, a promoção de conflitos de papéis e, com avalanche das redes sociais, a milícia digital tem ganhado espaço.

E não é por em vão que são nas redes sociais, Facebook e WhatsApp, que verificamos um volume elevado de conteúdos sem filtro, de discussões rasas, de correias de intrigas, de manipulações. Isto é, se por um lado, há uma minoria que se debate pelo país.

Por outro, há uma maioria anestesiada pelo cavernismo de Platão. Por ora, nos dias que correm, a juventude precisa conscientizar-se da vitalidade da razão como vector de transformação.

É preciso que a juventude se reinvente, que se defina como legado, que se reconstrua como ente colectivo, que se digne a questionar o seu tempo, que se proponha a melhorar-se, a conhecerse como ser ontológico e a cultivar o revisionismo histórico.

Aproveitamos sublinhar duas notas: a primeira, desejamos êxitos à Dra. Danila Bragança, Secretária de Estado para a Juventude, na nobre missão de ser a porta bandeira dos anseios, dos sonhos e aspirações independentemente das crenças, das ideologias e do status quo dos jovens que perfilam o vasto tecido angolano.

A segunda, ao corpo geral do Instituto Privado Rei Luhuna, situado no Cunene, pela concretização do primeiro ano que se sinaliza como farol de esperança para os diferentes segmentos da sociedade que olham para a continuidade da formação e, obviamente, oportunidade de emprego.

 

Por: HAMILTON ARTES

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