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Organizações da sociedade civil denunciam perseguição a defensores dos direitos humanos

“Detenções arbitrárias, sequestros, torturas e outras sevícias” constam de um esboço de relatório apresentado ontem, em Luanda, pelo Observatório para Coesão Social e Justiça (OCSJ) e a Friends of Angola, duas ONGs que denunciam uma série de alegadas violações aos direitos humanos no país

João Feliciano por João Feliciano
10 de Julho, 2024
Em Política
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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Organizações da sociedade civil denunciam perseguição a defensores dos direitos humanos

O advogado Zola Bambi, líder do OCSJ e conhecido defensor dos direitos humanos, destacou que ele próprio foi vítima destas violações.

Detido em Janeiro deste ano por agentes da ordem, sob a acusação de desacato a uma ordem de apresentação às autoridades, o causídico utilizou seu caso e os de outros activistas, como Laurinda Gouveia e Luther, para exemplificar o que considera uma campanha sistemática de repressão contra defensores dos direitos humanos em Angola.

“O que está a acontecer é um ataque directo aos defensores dos direitos humanos em Angola”, afirmou, argumentando que a sua detenção e invasão policial na sua residência “são exemplos claros desta repressão”.

Nas suas declarações, o advogado mencionou que, de Janeiro do ano passado a Junho deste ano, “vários prisioneiros políticos foram detidos por exercerem os seus direitos civis”. “Muitos destes detidos foram alvos de sentenças injustas por tribunais sem qualquer supervisão e independência”, destacou.

O relatório do OCSJ e Friends of Angola destaca que as violações ocorrem, frequentemente, durante as operações policiais nas áreas rurais, citando o exemplo recente de um agente do SIC que terá supostamente executado sumariamente, no município do Cazenga, três membros da mesma família.

E mais, revela que a maioria das detenções efectuadas ocorreram sem mandado judicial e os cidadãos submetidos a condições desumanas durante a detenção.

As denúncias apresentadas pelo OCSJ e pela Friends of Angola lançaram uma luz sobre a alegada preocupante situação dos direitos humanos no país, como é o caso da Organização das Nações Unidas (ONU), que instou ao Executivo angolano alertando para a necessidade urgente de acções para a libertação do advogado.

“Inverdade do Governo” sobre o seu caso

O advogado acusou o Governo de responder “com inverdades” aos peritos das Nações Unidas de Direitos do Homem, que solicitaram esclarecimentos sobre a sua alegada “prisão domiciliária e detenção arbitrária”, em Janeiro.

Em causa, está a suposta prisão domiciliária e detenção de Zola Bambi, a 5 de Janeiro, quando o mesmo teria sido impedido, pela manhã, de sair de casa para defender uma activista que seria submetida a um julgamento sumário, tendo, na sequência, agentes da polícia e de investigação criminal levado o advogado para uma esquadra, onde ficou retido durante horas.

Segundo Zola Bambi, o assunto foi bastante divulgado e chegou ao conhecimento dos peritos, que o ouviram em Abril deste ano e escreveram ao Governo a solicitar esclarecimentos.

Zola Bambi referiu que, desde o ocorrido, nunca foi ouvido pelas autoridades do país até ter recebido, na semana passada, um telefonema da Procuradoria-Geral da República a perguntar o que se tinha passado e se já existe um processo a decorrer.

Numa carta, os peritos, na qualidade de Relator Especial sobre a Situação dos Defensores dos Direitos do Homem, do Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária, Relator Especial sobre a Promoção e Protecção do Direito à Liberdade de Opinião e de Expressão e Relator Especial sobre a Independência dos Juízes e Advogados, solicitaram ao Governo uma resposta no prazo de 60 dias.

Em Junho, o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos informou que a mensagem sobre o impedimento do advogado comparecer à audiência de julgamento do seu cliente “é totalmente incorrecta, pois procura dar a impressão de que foi ‘vítima’ de uma acção policial atípica e totalmente intimidatória, factos que não têm fundamento jurídico ou factual”.

Mas, de acordo com o Governo, a actuação das autoridades baseou- se num processo criminal contra Zola Bambi, que se encontra a decorrer em fase preparatória, sublinhando que, depois de “três faltas injustificadas” para responder ao interrogatório, foram requisitadas as forças de segurança.

João Feliciano

João Feliciano

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