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Dos financiamentos aos investimentos: O novo paradigma da parceria China-Angola

Jornal Opais por Jornal Opais
5 de Julho, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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Dos financiamentos aos investimentos: O novo paradigma da parceria China-Angola

Nos últimos quatro anos, a relação financeira e comercial entre Angola e China sofreu uma grande transformação.

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Anteriormente, o modelo de cooperação entre os dois países era predominantemente baseado em financiamentos, com a China a emprestar dinheiro para Angola.

Atualmente, o paradigma mudou para investimentos de empresários chineses em Angola. Esta mudança marca um novo capítulo na cooperação entre as duas nações, que subtende um compromisso mais profundo e sustentável por parte da China com o desenvolvimento econômico angolano.

Esta transição pode ser interpretada como um movimento em direção a uma relação mais simétrica e mutualista.

Diferente dos financiamentos, os investimentos implicam uma partilha de riscos e benefícios, pois promovem um tipo de interdependência que pode potencialmente aumentar a autossustentabilidade económica de Angola.

Uma parte significativa destes investimentos chineses destinase ao sector não petrolífero, onde a República Popular da China tornou-se o maior investidor em Angola, com um influxo de capital privado, o que patenteia uma estratégia que vai além da mera exploração de recursos.

Este foco diversificado e adaptado ao contexto e às necessidades angolanas, bem como à estratégia do Executivo liderado pelo Presidente João Lourenço, ajuda Angola (tradicionalmente dependente da indústria petrolífera) a construir uma economia mais resiliente e menos vulnerável às flutuações do preço do petróleo.

Esta abordagem pode ser vista como uma aplicação prática da ética da responsabilidade, conforme articulada por Hans Jonas.

A responsabilidade pelo outro — neste caso, a responsabilidade de um Estado mais forte em apoiar o desenvolvimento sustentável de um Estado mais fraco — é um princípio que parece guiar esta nova fase da cooperação sinoangolana.

O sector privado tem sido a força motriz desta cooperação sino-angolana. Empresas chinesas estão a investir activamente em vários segmentos da economia angolana, trazendo capital, mas também conhecimento técnico e tecnológico.

De acordo com estatísticas preliminares da Embaixada da China em Angola, até ao momento, o número de empresas chinesas em Angola ultrapassou 400, com investimento superior a 24 mil milhões de dólares americanos, destacando como parques industriais, shoppings, fábricas, fazendas agrícolas etc..

Um exemplo concreto desta nova fase de cooperação é a indústria de transformação de alumínio na Zona Franca da Barra do Dande, na província do Bengo.

Este projecto, liderado pela empresa chinesa Huatong Group, representa um investimento significativo de 250 milhões de dólares na primeira fase, ocupará uma área de 400 hectares, com uma capacidade de produção de 120 mil toneladas por ano e criará cerca de três mil postos de trabalho até 2027, conforme prometido pela Huatong Group ao Executivo angolano durante a última visita do Presidente João Lourenço à China.

A sua magnitude sublinha a seriedade e o compromisso da China com o desenvolvimento industrial de Angola e contrasta com a retórica de outros países, como evidenciado pelas promessas dos Estados Unidos ou da União Europeia em vários projectos, com destaque para o corredor do Lobito, projecto inscrito no âmbito da Parceria para Infraestruturas Globais e Investimento (PGII), que foi anunciado há mais de dois anos, prometendo investir 250 milhões de dólares; no entanto, até agora, nenhum valor foi capitalizado — diferente do projecto chinês na Zona Franca da Barra do Dande, anunciado há três meses, cujo investimento é igualmente de 250 milhões de dólares.

O grupo empresarial chinês por trás desta iniciativa planeja criar uma cadeia industrial prolongada, com investimentos totais estimados em até 1,6 mil milhões de dólares.

Ou seja, enquanto as promessas ocidentais são frequentemente acompanhadas pelo alarde mediático e as narrativas de intenções.

A China adopta uma postura mais discreta, focada na concretização de projectos e na entrega de resultados tangíveis.

A abordagem chinesa destaca-se pela efectividade dos seus investimentos. A ausência de alarde nas acções chinesas pode ser vista como uma manifestação do conceito taoísta de “wu wei” ou “acção através da não-ação,” onde a eficácia se alcança pela simplicidade e pela acção directa, não pelo espetáculo, a grandiosidade ou as reiteradas promessas, que pode ser vista como uma forma de ilusão, onde a realidade é obscurecida por uma camada de expectativas não realizadas.

 

Por: Edmundo Gunza & Hotalide Cordeiro Domingos

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