Fórum Negócios & Conectividade
OPaís
Ouça Rádio+
Dom, 21 Set 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouça Rádio+
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

A palavra da parada à trincheira

Jornal Opais por Jornal Opais
3 de Janeiro, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
0

O General Altino Santos disse na cerimónia de cumprimentos de fim de ano, na presença dos comandantes dos três ramos das FAA, que a primeira missão dos cidadãos, civis ou militares é lutar pela preservação da paz, porque “a guerra só traz morte, ódio, raiva e destruição”.

Poderão também interessar-lhe...

Angola e a nova geopolítica africana: entre recursos, integração regional e o desafio da soberania económica

África sem fronteiras? O desafio e a esperança da mobilidade livre

A falta de ousadia é o verdadeiro regime dos jornalistas

O chefe do Estado-Maior General das FAA lembrou que os militares sabem, num saber de experiência feito, que “a paz é o bem mais precioso da Nação Angolana”.

Foram eles que a conquistaram de armas na mão. O General Altino, no seu discurso emocionante, também deixou uma palavra de solidariedade e reconhecimento aos mutilados de guerra que voou da parada para todos os lares, todos os postos, todas as unidades.

E não esqueceu o orgulho de ser angolano e especialmente o orgulho especial de cada militar pelo seu “contributo na defesa dos superiores interesses da Nação Angolana”.

O General Altino Santos fez uma retrospectiva de 2023 e destacou a manutenção da prontidão combativa das tropas, “factor fundamental para defender a Pátria”, mas também a construção e reabilitação de infra-estruturas para melhoria do aquartelamento e de unidades hospitalares em todo o país.

Reafirmou os três vectores que sustentam o seu mandato: o homem, as infra-estruturas e equipamentos No ano de 2024 vão ser desenvolvidos e aprofundados.

Momento emocionante para os militares e civis presentes na cerimónia, aconteceu quando o General Altino, combatente de tantas batalhas vitoriosas, disse emocionado estas palavras tão íntimas de todos os combatentes que participaram na Luta Armada de Libertação, na Guerra pela Soberania Nacional e Integridade Territorial.

Cantemos: Eu vou, eu vou morrer em Angola/ com arma de guerra na mão/Enterro vai ser na patrulha/Granada será meu caixão/ Eu vou, eu vou morrer em Angola/ Com arma de guerra na mão.

Tantas e tantos morreram em Angola com armas de guerra na mão para que a Paz fosse nossa. E a Liberdade o nosso pão. Tantos enterros na patrulha, na emboscada, na base atacada pela aviação inimiga, nas aldeias incendiadas, entre as populações massacradas. Tanto enterro sob as bombas de napalm, os bombardeamentos, as traições, as deserções.

General Altino cantemos hoje os que tiveram como caixão a terra nua, o sol ardente ou foram pasto das feras, porque não houve tempo para o enterro.

A essas e esses Heróis Nacionais devemos a Paz e a Liberdade. Mas também a Dignidade. Eu vou, eu vou morrer em Angola com arma de guerra na mão.

Cantemos! Comandante Hoji ia Henda, “o Leão generoso/que divide o seu pão/e que dá a Vida” como nos disse o Comandante Rui de Matos no seu poema “Procuro um Leão”.

Ele entrou em Angola com arma de guerra na mão. O enterro foi pertinho do rio, lá em Caripande, o caixão, o caixão foi a terra nua. As nossas Forças Armadas começaram a Revolução no dia 4 de Fevereiro com catanas e paus na mão. Subiram mais para Norte e fizeram a Grande Insurreição, com paus, catanas e canhangulos.

Tantos morreram com essas armas de guerra na mão! O tempo transformou-os em pó, cinza e nada. Nem tiveram enterro na patrulha. Nem granada como caixão. Um jovem franzino entrou em Angola com arma de guerra na mão.

Andava de base em base, na Frente Leste, contando as armas de guerra e os guerrilheiros. Nas zonas libertadas dava uma mão aos professores.

E ele fazia textos muito simples para as crianças aprenderem a ler e escrever. Assim nasceram o livro “As Aventuras de Ngunga” e o escritor Pepetela.

Eu vou, eu vou morrer em Angola pela Liberdade. Pela Dignidade. Pela Paz. O General Simione Mucune, acostumado a todas as intempéries que punham em risco a vida, tombou com arma de guerra na mão.

Um militar notável nos vários teatros e bom exemplo de valentia. General Altino, a palavra do General dos Generais neste final de ano voou da sala para a parada, da parada para a trincheira, da trincheira para a memória.

Eu vou, eu vou morrer em Angola/Com arma de guerra na mão/ Enterro vai ser na patrulha/ Granada será meu caixão. Eu vou, eu vou morrer em Angola/ Com arma de guerra na mão.

Os Comandantes Ngonga, Mambi, Ngweto, Zé Pedro, Kussumua, Recordação, Região, Mundo e Tamborete, entre centenas dos nossos nobres Camaradas que tombaram, os heróis que nunca voltaram para casa morreram de armas na mão.

E o nosso primeiro Comandante em Chefe, Agostinho Neto cantou: “Eu vivo nos bairros escuros do mundo/sem luz nem vida”. Eu vou, eu vou morrer em Angola com arma de guerra na mão. Os que morreram não viram a luz acesa da Liberdade nos céus de Angola.

 

Por: ALBERTO KIZUA

*Tenente-General

Jornal Opais

Jornal Opais

Recomendado Para Si

Angola e a nova geopolítica africana: entre recursos, integração regional e o desafio da soberania económica

por Jornal OPaís
19 de Setembro, 2025

Nos últimos anos, Angola tem vindo a reposicionar-se no xadrez africano e internacional com uma intensidade que merece atenção. As...

Ler maisDetails

África sem fronteiras? O desafio e a esperança da mobilidade livre

por Jornal OPaís
19 de Setembro, 2025

Cada africano carrega no seu DNA um dos direitos humanos fundamentais: o de ir e vir. Não precisamos nos referir...

Ler maisDetails

A falta de ousadia é o verdadeiro regime dos jornalistas

por Jornal OPaís
19 de Setembro, 2025

Nesta minha edição de hoje, não trago apenas palavras, mas um convite à reflexão e ao desafio. Quero conduzir a...

Ler maisDetails

Fim de um ciclo, início de outro

por Jornal OPaís
19 de Setembro, 2025

A saída de Pedro Gonçalves do comando técnico dos Palancas Negras é o fecho simbólico de um capítulo que misturou...

Ler maisDetails
Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade

Mais de 500 nadadores formados para salvar vidas

21 de Setembro, 2025

Manutenção da rede deixa hoje vários bairros de Luanda sem energia eléctrica

21 de Setembro, 2025

João Lourenço discursa amanhã na Assembleia-Geral da ONU

21 de Setembro, 2025

Incêndio de grandes proporções destrói 15 viaturas em oficina no Talatona

20 de Setembro, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouça Rádio+

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.