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ANASO regista três mil novas infecções anuais de VIH-SIDA em crianças menores de 15 anos

Alberto Bambi por Alberto Bambi
15 de Dezembro, 2023
Em Manchete

Conscientes de que os dados de que se servem são os possíveis, que não reúnem a qualidade que se impõe, por não oferecerem a fotografia real do país, o líder da organização acredita que o número pode ser maior do que o referido

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António Coelho, presidente da Rede Angolana das Organizações de Serviços de SIDA (ANASO), revelou ao jornal O PAÍS que a leitura que se pode fazer desses registos é a de que, em relação às crianças, de zero aos 14 anos, nós estamos com cerca de 3 mil novas infecções, por ano.

“E, quando olhamos para os jovens dos 15 aos 24 anos estamos com uma média de 4 mil e 600 novas infecções por ano.

Quanto aos dados gerais, o país está a registar cerca de 21 mil novas infecções, anualmente, e, consequenemente, 13 mil mortes relacionadas com a Sida”, informou.

Segundo ele, a grande preocupação da sua organização prende-se com os adolescentes e jovens, já que dos 34 mil jovens que vivem com VIH, 73 por cento são meninas, o que os obriga a concentrar o seu trabalho nesse grupo e, fundamentalmente, nas raparigas e meninas.

Recordou que, referindo-se de um país que tem cerca de 33 milhões de habitantes, preocupa ainda mais saber que a taxa de prevalência para VIH-SIDA é de 2 por cento, com a agravante de ter uma epidemia considerada generalizada.

“Então, de acordo com esses dados, o país tem um universo de cerca de 350 mil pessoas a viverem com VIH, sendo que dessas, 200 mil são mulheres, 34 mil jovens e 35 mil crianças, detalhou António Coelho, asseverando que, do ponto de vista desses dados, a situação é considerada muito preocupante.

Investimento na prevenção dependente do ‘estrangeiro’. António Coelho, cuja organização está mais vocacionada para a questão da advocacia das pessoas que vivem com HIV-Sida anunciou que a resposta das organizações da sociedade civil, por si considerada como limitada, depreende de uma razão fundamental.

“É a questão do financiamento para esse combate. Não há fundos disponíveis para a luta contra a Sida e o país está a viver, fundamentalmente, da contribuição de organizações internacionais, como é o caso do Fundo Global”, revelou o presidente da ANASO.

Segundo o próprio, olhando para a experiência de outros países africanos da região da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), a sua organização entende que o Goveno angolano, a partir dos Acordos de Abuja, que prevê a disponibilidade de 15 por cento de orçamento para o sector da Saúde, aumente esse pacote, que, actualmente, é de 5 ou 6 por cento, a fim de permitir que, ao nível desta secção, se possa cabimentar uma maior disponibilidade para a componente do VIH-SIDA.

“Então, esta componente para o VIH-SIDA é muito limitada e é usada apenas para aquisição de tratamento e anti-retrovirais.

Quer dizer que o Estado não está a investir na prevenção, porque, para esse fim, o investimento é mesmo zero”, salientou o entrevistado, tendo recordado que o Acordo de Abuja recomenda um investimento de 15 por cento, para que desse valor, saia cinco por cento para a componente do VIHSIDA.

Adiantou dizendo que essa cifra é usada apenas para a aquisição de anti-retrovirais, o que, para si, destapa, claramente, a ausência de uma contribuição do Estado para as acções de prevenção.

“Isso é gravíssimo, por isso, apelamos que, nos próximos tempos, primeiro, haja uma maior disponibilidade de recursos financeiros para o apoio à luta contra a Sida e, em segundo lugar, que esses recursos financeiros venham do próprio Estado angolano, de modo que os disponibilizados pelas organizações internacionais sejam entendidos como recursos complementares e não de base sustentáveis”, avisou António Coelho.

O presidente da ANASO referiu ainda que se está perante a um quadro em que, se não houver contribuição financeira dessas organizações internacionais, dificilmente acontece a luta contra a Sida, em Angola, o que ele e seus parceiros não vêem com bons olhos.

A contribuição da comunidade internacional tem de ser para ajudar o Governo nas intervenções que já está a fazer com suporte financeiro próprio, soube O PAÍS do seu interlocutor.

Daí que a primeira grande mensagem da ANASO é a de que o Governo passe a disponibilizar verbas para as acções de prevenção.

Para que isso aconteça, é preciso partir do pressuposto dos outros países, segundo o qual a principal acção de prevenção é da responsabilidade das organizações da sociedade civil.

António Coelho esclareceu que, ao governo cabe a tarefa de fazer o tratamento, enquanto a de fazer a prevenção acontecer se reserva à responsabilidade das referidas organizações.

Conforme fez questão de referir o líder da ANASO, isso presume que, à partida, o Estado deve colocar uma verba à disposição das intervenções comunitárias.

“Ao nível de Angola, isso não tem acontecido, até agora, porque o país não tem uma política nacional sobre saúde comunitária, a exemplo de alguns das suas congéneres da região”, declarou António Coelho, tendo acrescentado que a sua instituição está a lutar para que, até próximo ao ano, se possa definir a requerida política nacional e que, a par disso, se possa desenhar um plano estratégico operacional de saúde comunitária orçamentado.

No entender dele, é a partir do orçamento do plano estratégico sobre saúde comunitária que vão entrar as intervenções comunitárias para o VIH-SIDA, para a malária, tuberculose e outras endemias.

Alberto Bambi

Alberto Bambi

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