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E se o Iva escrevesse um romance!?

Jornal Opais por Jornal Opais
18 de Agosto, 2023
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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Na poltrona, de pernas cruzadas, Vicente tinha os olhos jogados ao jornal que tinha em mãos. Há muito que lera os destaques e toda actualidade noticiosa.

Lia, no entanto, a página reservada a opinião, onde autor do texto reflectia à volta da redução de imposto implementada pelo Estado.

Após ler o parágrafo no qual o autor enfatizava o gesto solidário para com as famílias e, de igual modo, as vantagens da redução do imposto, Vicente pôs-se a rir, um riso triste, diga-se de passagem.

Lembrou-se de que, há tempos, o mesmo autor, anunciara naquela mesma coluna do jornal, as vantagens do aumento do referido imposto.

“Génio do meu tempo” satirizou Vicente que, em seguida, viu chegar o amigo poeta que, por sinal, tinha o nome semelhante ao imposto em discussão na coluna do jornal.

Vicente mirou para o rosto do amigo e notou que o mesmo carregava uma enorme tristeza, era como se o poeta carregasse sozinho as mágoas do mundo.

Vicente questionou-se sobre razões que trouxeram o amigo naquele estado e tão cedo à sua residência. Deixou-o aproximar-se e pediulhe que se sentasse.

O poeta sentou-se e jogou as mãos ao rosto, em seguida deixou a cabeça apoiada a poltrona. Vicente levantou-se, sentou-se junto dele e perguntou o que havia acontecido.

– Meu amigo – principiou o poeta – na noite passada, após nos separarmos, a caminho de casa, vi caminhar ao meu lado uma jovem com um semblante parecido a este que carrego neste exacto momento. Compassivo me ofereci a saber o que lhe havia acontecido, tal como fazes.

Ela, angustiada, contou-me que vinha da esquadra policial, que tinha ido reportar o desaparecimento da irmã que estava ausente de casa há alguns dias.

Meu amigo, por me conheceres, deves saber que tomei a iniciativa de fazer o que os agentes não fizeram. Acalmei-a e, por ser tarde, achei arriscado uma mulher caminhar sozinha àquelas horas. Ofereci-me a acompanhá-la até sua casa.

No interior da residência ela agradeceu e ofereceu-me um café.

Aceitei para aproveitar a ocasião e criar uma conversa para compreender a história e conhecer a pessoa a frente de mim.

A jovem contou-me que eram órfãs de pai, e acrescentou que a mãe casou com um homem que se recusou a estar com elas sob o mesmo teto.

Lamentei por elas e no decorrer da conversa o clima mudou. Ela achegou-se próximo a mim e passou-me a mão no ombro, começou por agradecer-me e entre os agradecimentos vi sua mão percorrer o meu peito.

Entendi o recado, foquei como nunca o seu rosto e percebi que não era feio, mas era diferente, tinha o buço polido e uma mistura de traços viris num corpo mulheril e delicado.

Eu me perturbei e nesta perturbação decidi pôr fim às minhas dúvidas. As minhas mãos tocaram-lhe os peitos vivos e de seguida percorreram o seu corpo atlético, penetrando, inclusive, no interior da roupa.

Vaguei mais adiante e ela disse-me que as coisas estavam a correr depressa demais. Lembro-me destas palavras agora, mas confesso que no momento não as escutei.

Fui teimoso, meu amigo, ou seja, as minhas mãos não obedeceram a minha mente. Ganharam vida própria e decidiram engatinhar até aquela região pubiana.

Mirei os olhos para o rosto dela e vi-a franzir a testa e morder os lábios com malícia. Era um misto de rejeição e assentimento, um misto de guerra e paz.

Decidido, optei por penetrar e lubrificar a região.

Fílo, meu amigo, mas para a minha surpresa, não havia porta, havia sim um pequeno segurança que foi agressivamente agredido pelos meus dedos à medida que dos meus olhos percorriam lágrimas de ódio e náusea.

 

Por: DITO BENEDITO

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