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Francisco Domingos: Falta de recursos humanos e materiais ‘trava’ transplante de medula óssea

Maria Custodia por Maria Custodia
4 de Agosto, 2023
Em Entrevista, Manchete
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
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Inaugurado em Março de 2022, o Instituto Hematológico “Victória do Espírito Santo” foi construído com o principal propósito de realizar transplantes de medula óssea, a fim de reduzir o esforço financeiro do Estado e físico de pacientes com a transferência para o exterior do país. Um ano após entrar em funcionamento, a unidade encontra-se sem capacidades humanas e materiais para o arranque do processo, como explica o seu director-geral, Francisco Domingos, nesta entrevista exclusiva ao jornal OPAÍS, onde discorre sobre vários aspectos ligados à instituição. O responsável avança que todas as condições estão a ser criadas para que este tipo de operação comece a ser feita no próximo ano

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O Instituto Hematológico e o Hospital Pediátrico visam o tratamento de crianças. O que tem de diferente entre um outro?

A primeira diferença é que o Hospital Pediátrico David Bernardino trata de todas as patologias e o Victória do Espírito Santo trata da patologia do fórum oncohematológico. São diferentes, apesar de tratarem de crianças. As duas são entidades públicas do terceiro nível. Contudo, esta unidade é de supra terceiro nível, porque trata, especificamente, de uma de- terminada patologia e principal- mente de casos de alta complexidade. O Instituto Hematológico é uma instituição de referência nacional e está integrado no Serviço Nacional de Saúde.

A sua finalidade principal é a prestação especializada, diferenciada e qualificada de assistência às doenças do fórum hematooncológico e hematológico, efectuada por uma equipa multidisciplinar. Baseia-se também na formação contínua e na investigação científica. Em cooperação com a Direcção Nacional de Saúde Pública, traça a Política Nacional de Atendimento aos doentes deste fórum. Esta é a principal vertente da unidade. As suas atribuições específicas são atender as doenças do fórum hematológico de forma personalizada, porque são pacientes que, na sua maioria, têm uma doença crónica e precisam de uma atenção personaliza- da e humanizada.

Estas especificidades do instituto justificam o investimento feito?

Aparecem, às vezes, críticas de que se fez uma unidade hospitalar de luxo. Mas, esta unidade foi feita com este propósito: atender este tipo de doentes. Imagina alguém que já sofra de uma doença crónica e vá para uma unidade onde não tem o conforto adequado. O objectivo máximo desta instituição é a realização do transplante da medula óssea. O tratamento e abordagem destes pacientes sempre vai se basear na formação e na investigação científica com os meios locais, mas também recorrendo ao exterior do país, para termos um subsídio: ou de especialistas que venham cá para transmitir os seus conhecimentos, ou dos nossos profissionais que se desloquem em instituições que já efectuam o transplante de medula óssea para terem formação específica nesta área.

A realização de transplante da medula óssea é dos principais objectivos dessa unidade. Mas, um ano depois da inauguração, ainda não temos este tipo de procedimento. Quais são as causas?

O transplante da medula óssea é um dos principais objectivos dessa unidade hospitalar, sim, mas por se tratar de um processo pioneiro, complexo e sensível, porque esta- mos a lidar com vidas humanas, é importante que se tenha as condições técnicas, materiais, humanas e de infra-estruturas, para que se faça todo o procedimento com a maior segurança necessária. Todas as condições estão a ser preparadas para a realização do transplante de medula óssea no próximo ano, 2024. Tem de haver muita formação intensiva para toda a equipa multidisciplinar. Os profissionais estão a ser devidamente capacitados e treinados para dar resposta a este grande desafio. Progressivamente, organizar equipamentos e meios para suportar este procedimento, visto que será necessário um laboratório equipado. Estamos no bom caminho. Precisa-se também de formação dos profissionais que vão manusear este equimento. Por ser um processo complexo perspectivamos, no próximo ano, fazer com segurança, e com a garantia, principalmente, de que o paciente que o faça saia com vantagens, conforto e sem riscos absolutos.

Para o arranque no próximo ano, há um período previsto?

Aponto apenas o próximo ano sem dar uma data precisa, porque o processo também depende do paciente elegível para fazer o transplante. Às vezes, podemos ter um paciente elegível na altura ou não. Não adianta eu dizer que será em Janeiro ou em Março, e depois não termos o paciente elegível.

O instituto tem registo de pacientes com esta necessidade?

Estes pacientes existem. Se temos necessidade de trabalhar neste processo, é porque existe demanda a nível dos pacientes. Já houve, nos anos passados, maior necessidade de realizar uma junta médica para determinados pacientes. O grande objectivo destes hospitais é de diminuir de forma progressiva a necessidade de evacuação para o exterior do país e termos a nível local capacidade para dar resposta aos pacientes com esta patologia. Mas é um processo que carece sempre de formação e capacitação dos quadros locais.

Falou em criação de condições humanas. Quer dizer que não te- mos quadros capacitados para o início deste tipo de transplante?

Uma equipa multidisciplinar composta por profissionais de diferentes áreas vai receber uma for- mação específica com uma equipa cubana, que se encontra no país, para o arranque deste processo. Serão 11 internos, seis médicos, a equipa de enfermagem, que foi reforçada com mais doze técnicos de laboratório, psicólogos, biólogos e dois farmacêuticos. Carecemos de fisioterapeutas e também de assistentes sociais para se completar a equipa multidisciplinar. Estamos a contar com o apoio de alguns países como a Itália, Portugal, Espanha, Brasil e Cuba, onde os profissionais vão fazer formação nesta área.

Em termos monetários, quanto está a ser investido na formação de quadro?

A formação é sempre cara. São as deslocações e o alojamento fora. Agora, por exemplo, com a desvalorização da moeda vai-se tornar mais difícil. Pelo capital humano temos de fazer o máximo de esforço necessário, porque a principal riqueza de um país é o seu povo, e for formado melhor ainda.

Podemos falar em números concretos?

Varia um bocadinho. Valores específicos não posso adiantar as- sim. Tinha de ir à base de dados para ter isto.

Falou ainda de recursos materiais. O que falta especificamente?

Já não é muito. Nós estamos, mais ou menos, quase a 80 ou 90 por cento do necessário já encomendado. Agora, com as dificuldades, às vezes, de produção lá fora, é de vir e tudo mais […]. Mas, temos tudo encomendado.

POR: Maria Custódia e Jaime Tabo

Maria Custodia

Maria Custodia

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