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É de hoje…Se tivéssemos os nossos Rui Nabeiro’s

Daniel Costa por Daniel Costa
21 de Março, 2023
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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Domingo, 19 de Março, viu partir deste mundo o empresário português Rui Nabeiro, um nome que pode parecer desconhecido para muitos angolanos. Mas se se acrescer ao nome deste a marca Delta Cafés, com certeza que mui- tos, independentemente de serem ou não amantes desta bebida, lembrar-se-ão da imponência que representa.

Natural de Campo Maior, nas proximidades da fronteira com a Espanha, Rui Nabeiro tinha também as suas operações em Angola, através da AngoNabeiro, em Cacuaco, a empresa que recuperou a marca de café Ginga, que hoje é distribuída em muitas partes do mundo. Tive o privilégio de conhecê-lo pessoalmente numa inesquecível viagem pelo Alentejo e arredores, quando a dado momento acabamos por chegar à Adega Mayor, em Campo Maior, o seu berço e onde a sua visão acabou por impactar na vida de quase todos os habitantes da referida área.

Não há quem em Campo Maior, por exemplo, não conhecesse Rui Nabeiro, ou os Nabeiros, se assim pode- mos dizer, por ter sido um dos maiores empregadores da região. No encontro, no seu escritório, num edifício moderno no meio de plantações, não se coibiu em dizer que, apesar dos milhares de funcionários que tinha, ainda assim nunca tinha despedido um deles e os conhecia quase todos pelos respectivos nomes.

Lembro-me de a dado momento, no grupo de visitantes angolanos em que nos encontrávamos, o comendador se ter recordado de uma funcionária angolana que fez questão nos mostrar antes de falar das motivações que o levaram a ressuscitar o café Ginga.

Recordo Rui Nabeiro por conta daquilo que ele representou para a sua região, sobretudo aí onde veio ao mundo e fez com que cada um dos cidadãos originários da área em que ele nasceu, Campo Maior, sentis- se o efeito da sua veia empreendedora e os milhões que acumulou honestamente ao longo da sua passagem pela terra.

Quem dera se tivéssemos entre nós também os nossos Rui Nabeiro. Homens que independentemente das fortunas que terão acumulado mas nunca se esqueceram das suas origens e muito menos de propiciar aos seus cidadãos emprego e melhores condições de vida de forma directa e honesta.

Apesar dos milhões de dólares que muitos acumularam em Angola, maioritariamente vindo de esquema venais ou da famosa acumulação primitiva de capitais, poucos são os angolanos que tentaram transformar as terras em que nasceram em locais melhores, dando aos seus concidadãos meios para que tenham um futuro risonho. Há quem até tenha vergonha de indicar a zona em que foi enterrado o cordão umbilical.

Felizmente, Angola conseguiu testemunhar algumas ‘eminências pardas’, que aos poucos vão tentando impor a sua marca, apesar dos contratempos. O ma- logrado empresário Segunda Amões fez da desconhecida Camela Amões, onde veio ao mundo, uma zona de atracção no Huambo.

Em Luanda, no Rangel, a Fundação Obrabella, cria- da por um filho deste município, também vai transformando vidas, criando escolas, melhorando o saneamento básico e dando até cuidados de saúde a milhares de cidadãos que vivem neste bairro, um dos mais emblemáticos da capital do país.

Se muitos angolanos pudessem, no mínimo, fazer um pouco nas zonas em que nasceram, viveram, estudaram ou têm alguma ligação muitas coisas seriam amenizadas. Rui Nabeiro, que já foi a enterrar, fez de Campo Maior um marca para o mundo, através dos seus cafés Delta e outros produtos. Entre nós, há muito que se pode ainda fazer também se os filhos destas áreas, como o Cazenga, Lobito, Malanje, Bié e não só tivessem mais amor pelas comunas, bairros, municípios ou províncias em que nasceram, dando uma mãozinha ao Estado.

Daniel Costa

Daniel Costa

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