OPaís
Ouça Rádio+
Sex, 7 Nov 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouça Rádio+
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

Carnaval mascarado e sequestrado

Jornal Opais por Jornal Opais
10 de Fevereiro, 2018
Em Opinião

Warning: Trying to access array offset on value of type bool in /home/opaisao/public_html/wp-content/themes/jnews/class/Image/ImageNormalLoad.php on line 70

Warning: Trying to access array offset on value of type bool in /home/opaisao/public_html/wp-content/themes/jnews/class/Image/ImageNormalLoad.php on line 73

Quarenta anos depois, prevalece a ânsia de voltar à autenticidade e ao mesmo tempo avançar para a modernidade. Sobre um manto de refugos resistentes às intempéries, refunda-se a cada ano esta esperança sacralizada por Agostinho Neto no célebre comício do Cazenga, quando impulsionou o regresso ao Carnaval como festa popular, despida de preconceitos e montra para as melhores sátiras sociais dentro de um contexto revelador do nosso génio criativo e da nossa característica pacífica e divertida.

Poderão também interessar-lhe...

Entre a liberdade e a verdade: a importância da Proposta de Lei Contra Informações Falsas na Internet

O reingresso do JPMorgan e a nova era das finanças angolanas

A Bíblia e o símbolo da comemoração dos 50 anos da Independência de Angola: uma iniciativa louvável ou uma tentativa de profanação da coisa santa?

POR: Paulo Gomes

O Carnaval saiu à rua em 1978, três anos após a proclamação da Independência Nacional, como uma conquista do povo, ávido para manifestar espontaneamente a sua alegria e para colocar em evidência as suas tradições. Num misto de júbilo patriótico e de tributo aos ancestrais, os melómanos tomaram as ruas de Luanda e espalharam entusiasmo, graciosidade, simpatia, sonoridades, versatilidade e a genuinidade dos ritmos e passos de dança do mosaico de manifestações paridas da nossa realidade multicultural. Por isso, até os que não vivenciaram aquele capítulo do nosso Carnaval sabem da proeza do Kabocomeu com a sua kazucuta inebriante e sem igual.

Os temas dos enredos levados ao local do desfile oficial reflectiam as situações quotidianas dos musseques, os arrufos mal resolvidos ou apenas pitadas de provocações passageiras e totalmente desarmadas de condimentos de conflitualidade, respeitando integralmente o espírito carnavalesco. Até que um dia alguém, não se sabe bem quem, entendeu tomar o Carnaval para lhe dar o cunho de meio de intervenção política. Os grupos acabavam obrigados a apresentar canções, teatralizações e alegorias em função de uma pauta pré-concebida pela comissão organizadora. Cantavam todos o poder popular e não o podiam saborear na prática. Era um contexto muito distinto, mas cujos resquícios acabaram por chegar aos tempos actuais, quais tumores metastáticos. E não precisamos de microscópios para fundamentar este diagnóstico.

O excessivo envolvimento do Ministério da Cultura e dos Governos Provinciais na organização dos desfiles competitivos já deveria ser coisa do passado. Revela incapacidade de enveredar para a gestão participativa, num quadro em que os entes públicos actuam apenas no sentido de disponibilizar os incentivos e aplicar os mecanismos de fiscalização da gestão dos fundos a alocar aos grupos carnavalescos, que devem estar congregados num grémio com autonomia jurídica, patrimonial e financeira. De outro modo, seria também responsabilidade destes órgãos do Estado organizar toda a gama de espectáculos musicais e outros, deixando assim o Carnaval de representar a excepção à regra.

Há tanta mão do Estado no Carnaval que, para este ano, foi proclamada uma rainha que ninguém viu a realizar qualquer tipo de acção promocional do evento. Não venham depois dizer que, por inexperiência ou erro de cálculo, o plano não foi cumprido integralmente mas, como ensaio, satisfaz quem urdiu a ideia. Este Carnaval mascarado de fato e gravata, de bons discursos para a imprensa, de promessas infecundas, não agrega valor e adia a expectativa de voltarmos às nossas tradições seguindo os ventos da modernidade. Já está outra vez montado o cenário para as excelências sozinhas se deliciarem com a destreza dos persistentes que só querem mesmo brincar o Carnaval.

Jornal Opais

Jornal Opais

Recomendado Para Si

Entre a liberdade e a verdade: a importância da Proposta de Lei Contra Informações Falsas na Internet

por Jornal OPaís
7 de Novembro, 2025

A proposta de lei contra a disseminação de informações falsas na internet tem suscitado algumas críticas e receios entre diferentes...

Ler maisDetails

O reingresso do JPMorgan e a nova era das finanças angolanas

por Jornal OPaís
7 de Novembro, 2025

Anotícia do regresso do JPMorgan Chase & Co. a Angola, após anos de afastamento do mercado financeiro nacional, representa muito...

Ler maisDetails

A Bíblia e o símbolo da comemoração dos 50 anos da Independência de Angola: uma iniciativa louvável ou uma tentativa de profanação da coisa santa?

por Jornal OPaís
7 de Novembro, 2025

A recente decisão da Sociedade Bíblica de Angola de produzir uma edição especial da Bíblia Sagrada, em alusão aos 50...

Ler maisDetails

No tatami da história lutou Angola

por Jornal OPaís
7 de Novembro, 2025

Para as civilizações milenares, ainda engatinhamos na cronologia do tempo, temos apenas cinquenta anos. Somos jovens no calendário dos impérios,...

Ler maisDetails

‎Fundo Global reforça sector da saúde no Bié com meios rolantes

7 de Novembro, 2025

Mais de 40 pessoas perderam a vida em acidentes rodoviários no I semestre de 2025 no Luena

7 de Novembro, 2025

Angola e China criam Associação de Amizade

7 de Novembro, 2025
DR

Juiz Norberto Sodré empossado como presidente do Tribunal Supremo

7 de Novembro, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouça Rádio+

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.