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“Foi possível formar os meus filhos, mesmo sendo quitandeira”

Jornal Opais por Jornal Opais
25 de Janeiro, 2018
Em Sem Categoria
Tempo de Leitura: 2 mins de leitura
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 Duas das quitandeiras da Luanda antiga, que hoje ainda vendem no mercado do São Paulo, afirmaram que no passado, apesar das dificuldades que passavam e sendo viúvas, foi possível formar os seus filhos, que dependiam apenas delas

Por: Paulo Sérgio

Em alusão aos 442 anos que a cidade de Luanda comemora hoje, a equipa do jornal OPAÍS procurou saber junto das antigas quitandeiras como exerciam a sua actividade. No mercado do São Paulo encontramos a anciã Juliana Agostinho de Carvalho, 86 anos, na sua bancada recheada de artigos e quitutes da terra.

A vovó Juliana de Carvalho explicou que começou a vender frutas na pracinha, local onde foi erguido o banco novo. Conta que, com o passar do tempo o espaço foi aumentando consideravelmente e passou a ser praça. “Decidimos cobrir em volta com sacos, apenas para nos protegermos da poeira. No final do dia guardávamos a nossa mercadoria no mesmo sítio, não sofríamos assaltos, mas quando a chuva caía molhava os produtos e alguns estragavam-se”.

Vendo a situação que atravessavam, as vendedoras com maior idade decidiram falar com um governante, que lhes prometeu a construção de um mercado adequado para realizar as suas actividades, “foi então que surgiu o mercado do Quinaxixi, algumas quitandeiras faziam o seu comércio apenas na praça e outras também zungavam nas primeiras horas da manhã, o trabalho era realizado sem constrangimentos, até para as gestantes, e no final da tarde, já com pouco negócio encontrávamos as colegas”, lembra, com alegria, a vovó.

Juliana de Carvalho contou que na altura era já viúva e tinha oitofilhos para educar e formar, disse que foi possível proporcionar este bem para os seus descendentes, mesmo sendo quitandeira, mas lamenta, porque actualmente as zungueiras enfrentam muitas dificuldades financeira e nos dias de hoje não conseguem formar os filhos.

Disse ainda que depois da praça do Chamavo, as comerciantes que viviam no Musseque sentiram a necessidade de se construir um outro mercado. As autoridades atenderam e o mercado do São Paulo foi erguido.

A equipa de reportagem falou também com anciã Josefa Dias dos Santos e Silva, 83 anos, que começou por nos explicar que vende desde os seus 16 anos, no mercado do Chamavo. Contou que na altura as quitandeiras que zungavam eram muito poucas, o número não ultrapassava 10 e comercializavam laranja, serrabulho, matete e canginca, cada uma tinha o seu negócio definido, excepto as vendedoras de frutas que estavam em maior número.

Josefa e Silva lembrou que comercializava diferentes tipos de produtos, desde a laranja, tomates, cestos, balaios, esteiras, entre outros. Lamenta o facto de que o mercado do São Paulo, onde actualmente ainda exerce a actividade comercial, não tem o mesmo rendimento em relação ao passado. “Antigamente, com o dinheiro das vendas era possível formar os meus quatro filhos em vários ramos do saber, diferente de hoje em que se vendemos mil kwanzas por dia rendemos graças a Deus”.

De acordo com Josefa e Silva, o mercado de São Paulo, no passado vendia os mais variados produtos e o comércio era mais rentável, “hoje muitas quitandeiras foram obrigadas a trocar de negócio, outras já não vendem, na praça não encontramos mais hortaliças e muito menos peixe fresco”, frisou.

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