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A Sociedade e o Feminismo em “Sejamos Todos Feministas”, de Chimamanda Ngozi Adichie

Jornal Opais por Jornal Opais
13 de Janeiro, 2023
Em Cultura, Em Cartaz
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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A Sociedade e o Feminismo em “Sejamos Todos Feministas”, de Chimamanda Ngozi Adichie

A literatura é uma arte cujo substrato é a sociedade. Ela ganha corpo dentro dos seus artefatos, pois, estes manifestam a realidade social que o autor imprime em si (no seu texto). Em virtude disso, está análise consiste em explicar o modo como a sociedade concebe o feminismo, porém, partindo da obra “Sejamos Todos Feministas”, de Chimamanda Ngozi Adichie.

A obra em análise é um ensaio de Adichie, que foi traduzida por Christina Baume publicada pela primeira vez pela editora Companhia das Letras,em 2014, na cidade de São Paulo, Brasil. Para além da obra em análise, A dichieé  autora das seguintes obras: Meio sol amarelo (2008), Hibisco roxo (2011), Americanah (2014), The Thing around Your Neck (2009),esta última é uma colecção de contos.

A sociedade, segundo Castro (s/d, p.2), é […] um grupo ou coletivo humano dotado de uma combinação mais ou menos densa de algumas das seguintes propriedades: territorialidade; recrutamento principalmente por reprodução sexual de seus membros; organização institucional relativamente auto-suficiente e capaz de persistir para além do período de vida de um indivíduo; distintividade cultural.

As propriedades institucionais e culturais que se podem identificar numa sociedade têm exerci- do grandes influências sobre o feminismo – “um movimento político, social e filosófico que tem como objetivo principal defender a igualdade dos direitos entre homens e mulheres”.(Soares,s/d,p.5).O excerto abaixo demonstra a pressão que a sociedade impõe sobre o feminismo através das ideologias culturais: “mais tarde, uma professora universitária nigeriana veio me dizer que o feminismo não fazia parte da nossa cultura, que era anti-africano, e que, se eu me considerava feminista,era porque  havia sido corrompida pelos livros ocidentais” (Baum, 2014, p.13).

Contudo, a obra apresenta também um discurso que denota resistência contra a pressão que a sociedade vem exercendo sobre o pensamento feminista: “[…] o feminismo era anti-africano, resolvi me considerar “feminista feliz e africana” […] (idem, p.14). No entanto, é preciso saber que “feminista é aquele que tem iniciativa e promove um bem comum, não se contentando com o que já foi alcançado, ansiando sempre pelos devidos direitos ao indivíduo, seja ele masculino ou feminino” (Soares, s/d, p.5). A sociedade que, na lógica de Platão (1994, apud Ferreira, 2014, p.43), “deve ser regida pelo princípio permanente da justiça”; não tem, geralmente, primado pelo carácter que devia regé-lo quando se trata de feminismo;isto é notável na obra em análise.

Vejamos o trecho:“[…]Se,por um lado, perdemos muito tempo dizendo às meninas que elas não podem sentir raiva ou ser agressivas ou duras, por outro, elogiamos ou perdoamos os meninos pelas mesmas razões […]” (Baum, 2014, pp.33- 34). A injustiça demonstrada na obra fica mais clara com o seguinte enunciado: “a questão de gênero, como está estabelecida hoje em dia, é uma grande injustiça […]” (idem, p.29). A autora emitiu este discurso, porque os progenitores e/ou pais não têm sido justos no que tange à formação psicológica de seus filhos, por isso, Adichie apela: A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo.

É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que de- vemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente (idem, pp.35-36). Quanto ao aparecimento da ideologia feminista, Pinto (2009, p.2), afirma que o feminismo aparece como um movimento libertário, que não quer só espaço para a mulher – no trabalho, na vida pública, na educação –, mas que luta, sim, por uma nova forma de relacionamento entre homens e mulheres, em que esta última tenha liberdade e autonomia para decidir sobre sua vida e seu corpo.

A citação acima dá a entender que a relação estabelecida entre indivíduos do sexo masculino e feminino precisa urgentemente de uma mudança, porque se não acontecer, vai permanecer , como diz a autora, a ideia de que “as feministas são mulheres infelizes que não conseguem arranjar marido[…]” (Baum, 2014, p.13). A sociedade encara o feminismo como uma ideologia fomentadora de separações, como demonstra este excerto da obra em análise: “[…] Dou uma oficina de escrita em Lagos e uma das jovens que participa do grupo me disse  que um amigo lhe havia prevenido de não prestar atenção no meu “discurso feminista” — sob pena de absorver ideias que destruiriam seu casamento […]” (idem, p.35).

A sociedade tem encarado o movimento feminista como uma filosofia maléfica, embora não seja este o verdadeiro ser desta ideologia. Entretanto, o feminismo continua lutando contra as múltiplas visões erróneas que a sociedade tem de si (feminismo). Portanto, a literatura é o reflexo da realidade social e a obra analisada é um verdadeiro punho- de-ferro e defensor do feminismo; procura mostrar à sociedade a face do feminismo que muitos desconhecem.

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