O memorando de entendimento para a criação de uma agenda cultural foi assinado ontem, 24, pela União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC) e a Associação de Hotéis e Resorts de Angola (AHRA), em Luanda
Com valor máximo de 200 mil kwanzas por actuação, o memorando visa estabelecer as regras de cooperação entre as duas instituições de direito privado, na criação de condições e desenvolvimento de actividades culturais e recreativas com vista a estimular a expansão do turismo interno e internacional, em Angola.
Com duração de dois anos, renováveis, os cachés não devem ter valor mínimo de 50 mil kwanzas, por actuação, podendo opcionalmente, por concordância das partes, serem acordados valores mais elevados.
Neste encontro, o presidente da UNAC-SA, Zeca Moreno, que intervinha após a assinatura do memorando de entendimento, disse que o mesmo permite criar novos espaços de exibição pública da arte angolana, rumo à criação de uma agenda cultural nacional.
Para o responsável, o incremento do turismo interno e internacional é também uma meta económica traçada, tendo realça do que o turismo, a arte e cultura caminham em paralelo e são expressas na culinária, música, dança, teatro, indumentária, línguas e em tudo que caracteriza a angolanidade.
Segundo Zeca Moreno, a área cultural, se for apoiada e estimulada, é um promitente contribuinte para o Orçamento Geral do Estado (OGE) e um meio para gerar emprego e uma ferramenta para diminuição da marginalidade.
Explicou ainda que os artistas abrangidos pelo acordo devem possuir a carteira profissional e as quotas regularizadas.
Para o presidente da Associação da AHRA, Ramiro Manuel Barreira, o acordo valorizará a actividade dos artistas, porque a partir de hoje terão uma contratação mais efêmera e efusiva.
“ Era triste ver unidades hoteleiras e resorts cheios, sem a presença de artistas, grupo de teatro, música folclórica, sendo que nos demais países os artistas são valorizados”, disse.