O Presidente da república, João Lourenço, considerou, ontem, em Luanda, que os parceiros internacionais têm focalizado, pouco a pouco, as suas atenções no mercado angolano, na sequência da melhoria significativa do ambiente de negócios que hoje é mais favorável ao investimento privado
João Lourenço fez esta afirmação quando falava na abertura do IX Conselho Consultivo do Ministério das Relações Exteriores, na Academia Diplomática Venâncio de Moura. O Chefe de Estado angolano alertou, por isso, sobre a necessidade de as missões diplomáticas e consulares prestarem uma atenção particular à diplomacia económica, divulgando de forma direccionada a alvos concretos as grandes potencialidades económicas de Angola.
Alertou ainda sobre a importância destas informarem os parceiros internacionais sobre a legislação aprovada nos últimos anos para remover ou diminuir a burocracia e outros entraves. Segundo o Presidente da República, o combate que se vem travando à corrupção e à impunidade, bem como o programa de privatização de importantes activos do Estado, por via de concurso público e outras importantes medidas já assumidas, estão a dar resultados positivos.
João Lourenço alertou também no sentido de as embaixadas trabalharem mais na atracção de investidores em todas as áreas da economia nacional, assim como realçar o seu potencial agrícola que, nesta crise alimentar, pode contribuir para a redução do défice aumentando a produção de alimentos a exportar.
“Destacar o nosso potencial energético, nossa capacidade de exportar hidrogénio verde e de produzir as baterias para os carros eléctricos como contribuição para a redução das emissões de carbono”, disse o estadista angolano.
Salientou ainda que, por intermédio das missões diplomáticas e consulares, o mundo precisa saber que Angola aderiu à Iniciativa da Transparência nas Indústrias Extractivas e que os investi- dores têm assim maior garantia de transparência na concessão das licenças de exploração, produção e comercialização de todos os nossos recursos minerais.
Facilitação de vistos
Para o alcance destes objectivos, tendentes a alavancar a economia nacional, o Chefe de Estado indicou que é necessário que as missões diplomáticas e consulares facilitem a emissão dos vistos para os homens de negócios e todos os cidadãos estrangeiros que queiram fazer turismo ou simplesmente conhecer Angola. Para João Lourenço, esta é uma condição fundamental para a necessária abertura do país ao Investimento Directo Estrangeiro (IDE) e ao turismo internacional. “A vinda ou não das grandes cadeias hoteleiras e dos grandes operadores turísticos internacionais de- pende muito do bom ou mau trabalho exercido por vós”, afirmou.