Os munícipes do Mussulo vão beneficiar de melhor qualidade de energia eléctrica, fruto da implementação do cabo submarino na zona, que servirá também para fibra óptima e melhoria da comunicação na região. O acto de implementação do material eléctrico ocorreu na manhã desta quarta-feira
O cabo submarino vai abastecer os nove bairros do município do Mussulo, nos quais têm ocorrido quedas de tensão eléctrica constantes ultimamente. Visam dar resposta ao problema com uma linha de 15 kVs de tensão média por bobina, suportada por uma barcaça.
É a primeira vez que um material do género é implementado em Angola. Numa primeira fase, uma bobina, com 1800 metros de cabo submarino com 32 kilos por metro, foi colocada sobre a barcaça alocada no mar.
Posteriormente, mais 1800 metros de cabo serão colocados, o que totalizam 3600 metros para toda a extensão territorial do Mussulo. O lançamento do cabo é parte do projecto de electrificação rural da Península do Mussulo que será, doravante, uma fonte alternativa de alimentação de energia eléctrica.
Foram investidos um total de 85 milhões de euros para o referido projecto, no qual está incluído um contrato de eletrificação de outros sítios municipais, como Cabo Ledo e Sangano.
A equipa responsável pelo equipamento realizou a ancoragem na península do Mussulo e começou a desenrolar o cabo, que vai até ao Capussoca. A bobina foi exportada da República da China, uma vez que não há, ainda, em Angola, capacidade para a produção do mesmo material, tal como afirmou Elísio Augusto, representante da empresa Mark Cables – uma das responsáveis pelo lançamento.
“No final da extensão dos cabos, que são os 1.800 metros, teremos uma plataforma flutuante, onde o cabo irá ficar pousado, enquanto fazemos a ancoragem da outra bobina de dimensão igual, do Capossoca em direcção a essa plataforma, onde será feita a união dos dois cabos.
O processo, que para nós serve de aprendizado por ser o primeiro do género que se realiza, deverá levar uma semana”, garantiu o especialista.
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