Está desde sábado último, 15, consumada a presidência rotativa de Angola na União Africana, numa altura em que, apesar de se tratar de uma vitória para o país, assume-se uma responsabilidade num emaranhado de vários desafios que o continente enfrenta, sobretudo ligados à segurança.
A assumpção da presidência de Angola ao nível do continente é deveras uma vitória para o país, porém numa altura em que deverá enfrentar um mandato difícil, porquanto está à mesa a questão da paz e segurança, sobretudo no Leste da República Democrática do Congo, em que as partes beligerantes insistem em não acatar os acordos de Luanda, em vigor desde Agosto do ano passado.
Todavia, Angola carrega uma experiência assinalável a nível interno, em que, depois de mais de 27 anos de guerra civil, conseguiu, através do diálogo, garantir a paz e a estabilidade no país, num registo que já perdura há mais de 20 anos.
Por via desse registo, acreditamos igualmente que o diálogo continuará a ser a “arma” mais viável para esse combate, o qual é expectável que mais cedo termine.