A nova província de Icolo e Bengo recebeu hoje a visita do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que dirige um dos pelouros mais apetecíveis do Executivo e, igualmente, aquele em que os populares querem sempre buscar respostas para os seus problemas. Ninguém consegue viver sem água e energia.
É verdade. Não deixa também de ser verdade que, apesar do crescimento vertiginoso da população, residências, incluindo em locais de difícil acesso, observa-se o crescimento dos beneficiários destes dois bens essenciais para a vida dos angolanos. Há dias, numa brincadeira, dizia uma senhora que já não se usam hoje tantos geradores como no passado.
De igual modo, há também mais cidadãos com água, uma realidade que vai aumentar muito mais com a entrada em cena do Bita para os que residem na capital do país. Durante a visita ao Icolo e Bengo, chamou-me a atenção a menção feita a municípios como a Quiçama e, concretamente, o Cabo Ledo, aqui pertinho, que servem de escape para os momentos de lazer dos angolanos e estrangeiros que aportam no país.
Embora não estejam distantes da capital, estas duas lindas localidades vivem ainda problemas muito sérios em termos de fornecimento de electricidade, o que tem dificultado o crescimento do turismo na área, preenchida por estabelecimentos hoteleiros que cobrem os olhos da cara. É a falta destes bens essenciais que fez com que até ao momento o pólo turístico projectado para a circunscrição não saísse do papel.
Durante a visita de ontem ao Icolo e Bengo, ficou a promessa do governante de que, até ao final deste ano, parte significativa da província, incluindo Cabo Ledo, passará a contar com energia eléctrica. É uma boa nova há muito esperada que deve ter deixado regozijados os habitantes e também os empresários que lá investem.
Sempre que se questionam os preços praticados pelas unidades hoteleiras e até nos serviços de restauração, a explicação que se apresenta tem assente o elevado custo dos combustíveis que servem para manter operacional as infra-estruturas.
Tomara que, depois de concretizada a extensão do fornecimento de energia e, seguramente, de água potável, nos próximos tempos, se possa viver uma nova era que impulsione o turismo aqui às portas de Luanda, o que vai resultar no aumento de receitas para o Estado e também no ingresso de mais cidadãos no mercado de trabalho.