OPaís
Ouvir Rádio Mais
Dom, 6 Jul 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouvir
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

Cessar-fogo duradouro em Gaza ainda longínquo, dizem analistas

Jornal Opais por Jornal Opais
30 de Novembro, 2023
Em Mundo
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
0
Cessar-fogo duradouro em Gaza ainda longínquo, dizem analistas

As tréguas temporárias entre Hamas e Israel que permitiram a libertação de reféns criaram a expectativa de uma solução mais duradoura para o conflito em Gaza, mas estão por criar condições para tal, alertam analistas

“O complexo acordo de libertação de reféns é bemvindo, mas deixa muitas questões por responder”, sublinha Bar-Yaacov, analista israelita e bolseira associada do Programa de Segurança da Chatham House, a propósito do entendimento alcançado pela mediação internacional e que expira na próxima madrugada, podendo ainda ser prolongado por alguns dias caso Israel e Hamas concordem.

“Para garantir que o acordo estabelece um marco importante no desanuviamento do conflito, ajudando a abrir caminho à estabilidade, à segurança e, em última análise, à paz, os mediadores [Qatar, Egipto e EUA] têm de continuar a trabalhar para atingir objectivos fundamentais para garantir que todos os reféns são libertados e que existem planos para a população deslocada de Gaza, bem como para a reconstrução das instituições e infraestruturas governamentais de Gaza”, adiantou a analista num novo artigo.

Nesse sentido, prossegue, serão necessários “acordos claros” entre a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) e todos os principais actores internacionais, para que, no dia em que a guerra terminar, se assegure uma transição suave para uma situação que proporcione estabilidade e segurança à Palestina e a Israel, tendo como meta a paz.

E a “única forma de avançar” é “oferecer garantias de segurança” tanto para a Palestina como para Israel, a par da implementação da Iniciativa Árabe de Paz, um plano saudita de 2002 que foi mais tarde adoptado pela Liga Árabe e que apela à criação de um Estado palestiniano soberano a par de um Estado israelita soberano baseados nas fronteiras de 1967, em troca de acordos de paz entre Israel e todos os países árabes.

Os ataques israelitas em Gaza prosseguiram incessantemente desde 07 de Outubro, em resposta ao ataque do Hamas contra Israel, e a trégua em vigor desde a última sexta-feira, que permitiu a troca de reféns e prisioneiros, trouxe a primeira interrupção ao conflito.

“Um cessar-fogo prolongado poderia facilitar o regresso de mais reféns israelitas e reduzir o risco de agravar a catástrofe humanitária entre os civis de Gaza.

Poderia também ajudar a acalmar as tensões na Cisjordânia e reduzir o risco de uma escalada da guerra, atraindo actores externos, como o grupo militante libanês Hezbollah e o seu patrono, o Irão”, escrevem Matthew Duss e Nancy Okail, do Centro de Política Internacional para os Negócios Estrangeiros.

Numa análise publicada no diário Haaretz, o jornalista israelita Anshel Pfeffer defendeu que o Governo de Telavive terá de lidar com três grandes dilemas nos próximos dias: quando acabar com as tréguas, quando e como atacar o sul de Gaza e quando começar a permitir e a apoiar a ajuda a entrar em Gaza através do território israelita.

Do lado palestiniano, a questão põe-se de outra forma, pois a Faixa de Gaza e a Cisjordânia são governadas por facções rivais palestinianas, com o enclave dominado pelo Hamas e no outro território ocupado a Fatah, maioritária na ANP.

“Quando a guerra terminar, os líderes palestinianos devem estar prontos para negociar uma solução política e representar o seu povo tanto em Gaza como na Cisjordânia”, defendeu Neil Quilliam, membro associado do Programa para o Médio Oriente e Norte de África do International Crisis Group (ICG), lembrando que há anos que os dirigentes israelitas afirmam que não têm um parceiro palestiniano com quem possam negociar a paz.

“Os sucessivos governos de Benjamin Netanyahu têm efectivamente apoiado o Hamas, minando a Autoridade Palestiniana, mais moderada.

O resultado é que o próprio Israel não tem sido um parceiro para a paz nas últimas duas décadas, e a sua narrativa venceu e persuadiu os decisores políticos ocidentais de que o problema é a liderança palestiniana ineficaz”, sustenta Quilliam.

Para o analista do ICG, é “fundamental” que, quando a guerra entre o Hamas e Israel cessar, os líderes palestinianos não só estejam dispostos a negociar uma solução política — “e tem de haver uma solução política” como também representem os palestinianos tanto na Cisjordânia como em Gaza.

“Isto não é tarefa fácil, dada a escassez de líderes nacionais populares e os elevados níveis de desilusão e desconfiança dos palestinianos em relação à ANP, à Fatah e ao Hamas.

Além disso, os actuais dirigentes palestinianos ou estão distantes da sua população, tanto metafórica como fisicamente (têm a sede em Doha) – ou estão na clandestinidade”, relembra.Mas, para enveredar pelo caminho da paz, refere Bar-Yaacov, é necessário elaborar planos para a reconstrução de Gaza e dar respostas à população palestiniana deslocada, em paralelo com as negociações sobre os reféns.

“E, para isso, é vital o empenho contínuo do Qatar, Egipto e EUA. Depois, quando a guerra terminar, a ANP precisará de todo o apoio possível para governar na Cisjordânia e em Gaza.

Não é do interesse de ninguém que Israel permaneça em Gaza durante uma fase de transição. As preocupações de segurança de Israel terão de ser abordadas pelos mediadores no processo”, afirma a analista da Chatham House.

Jornal Opais

Jornal Opais

Relacionados - Publicações

Buscas por 27 meninas desaparecidas após enchente no Texas seguem neste domingo
Destaque

Buscas por 27 meninas desaparecidas após enchente no Texas seguem neste domingo

6 de Julho, 2025
Enchentes deixam 13 mortos nos EUA
Destaque

Enchentes deixam 13 mortos nos EUA

5 de Julho, 2025
Obituário:Diogo Jota enluta futebol mundial
Desporto

Obituário:Diogo Jota enluta futebol mundial

3 de Julho, 2025
Financiamento ao desenvolvimento com défice de quatro biliões de dólares, revela ONU
Destaque

Financiamento ao desenvolvimento com défice de quatro biliões de dólares, revela ONU

30 de Junho, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
Ouvir Rádio Mais

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.