OPaís
Ouvir Rádio Mais
Sáb, 19 Jul 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouvir
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

Empresas de pesca à deriva com “colapso” dos recursos marinhos

Paulo Sérgio por Paulo Sérgio
30 de Maio, 2025
Em Economia
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
0
Empresas de pesca à deriva com “colapso” dos recursos marinhos

Foto de: JACINTO FIGUEIREDO

O sector das pescas no país enfrenta uma crise sem precedentes, o que leva as empresas a reduzirem o número de embarcações e, consequentemente, o de funcionários. Em um mês, por exemplo, uma embarcação moderna não consegue atingir a cifra de 100 toneladas, segundo apurou o jornal OPAÍS

A situação preocupa não só quem vive dos proventos da pesca, como também quem se dedica ao estudo e à preservação de várias espécies marinhas. Pescarias que tinham 12 embarcações viram-se obrigadas a reduzir para três e, com isso, a cifra de até 200 operários activos para a descarga e a lavagem do pescado caiu entre 50 a 30 operários, conforme atesta o engenheiro ambiental Mauro Ferreira, co-fundador da Organização de Conservação Marinha “Guardiões da Costa Mwangolé”.

“A produção, o índice per capita está muito em baixo. Posso dizer que dentro daquilo que era o índice há 10 anos, está abaixo de 50% ou menos”, desabafou o membro desta organização que tem como escopo a protecção de zonas marinhas e costeiras.

Para ilustrar a gravidade, o jovem, que trabalhou durante doze anos numa empresa pesqueira, contou que antigamente tinham maior facilidade de encontrarem a espécie de carapau e a outras suas subespécies deste peixe, a que chamam o 20+ (indica peixes de pelo menos 20 centímetros), o “M” (Médio) ou o “G” (Grande). “Hoje em dia, é muito raro encontrar”, sublinhou.

Antes da crise, o cenário era bastante animador, pois várias embarcações artesanais, semiindustriais ou industriais atracavam carregadas de centenas de toneladas de diversas espécies como o carapau, o malundo, que é a cavala, e a sardinha, apelidada de “lambula”.

Agora, segundo a fonte, o carapau tornou-se ouro, quase que não há. O malundo aparece, muito raro, e a lambula, que era dispensada, também. Daí que o preço da caixa de 20 kg, além da desvalorização e a inflação da caixa, que era 2.000 kwanzas em 2018, esteja a custar até 23.000 kwanzas. Esse fenómeno resulta de uma série de factores que vão desde a pesca descontrolada até as consequências do aquecimento global.

“Pelo que ouvi dos mestres da pesca industrial, um deles que conheci e já não está entre nós, tinha 83 anos, há 20 anos ocorreu esse fenómeno na Bahia Farta. Um fenómeno natural em que as espécies afastam-se da costa e vão para outras zonas. Isto é natural”, frisou.

Porém, segundo o estudo intitulado “Diagnóstico Sectorial Sobre a Pesca em Angola: enfoque na pesca artesanal e de pequena escala”, publicado pela União Europeia no ano passado, há provas de que as alterações climáticas estão a afectar a dinâmica das correntes ao largo do nosso país. “Prevê-se que as alterações da temperatura dos oceanos e dos ventos alísios tenham um impacto significativo na Corrente de Benguela.

Em particular, uma redução no vento alísio de Leste poderá diminuir a velocidade da corrente, causando o enfraquecimento do fenómeno da afloramento e consequentes concentrações de nutrientes”, lê-se no estudo a que o jornal OPAÍS teve acesso.

Os pesquisadores revelam ainda que o aquecimento dos oceanos pode afectar a distribuição de peixes e outras espécies marinhas que dependem da Corrente de Benguela para a sua sobrevivência. Razão pela qual alertam que isto poderá ter um impacto significativo nas comunidades piscatórias e na indústria pesqueira da região.

Explicam ainda que a escala dos fenómenos climáticos ligados ao aquecimento global torna mais incertas as previsões da biomassa dos pequenos pelágicos e, consequentemente, toda a fauna aquática do sistema da Corrente de Benguela, incluindo as espécies presentes na costa angolana.

Leia mais em

Paulo Sérgio

Paulo Sérgio

Relacionados - Publicações

Chineses detidos no Cubango com toneladas de madeira clandestina
Destaque

Chineses detidos no Cubango com toneladas de madeira clandestina

19 de Julho, 2025
SIC desmantela rede de falsificação de diplomas e certificados no Huambo
Sociedade

SIC desmantela rede de falsificação de diplomas e certificados no Huambo

19 de Julho, 2025
Acidentes rodoviários matam seis pessoas e deixa mais de 50 feridos nas últimas 24 horas
Manchete

Acidentes rodoviários matam seis pessoas e deixa mais de 50 feridos nas últimas 24 horas

19 de Julho, 2025
Antigo gestor da Sonangol entre os condecorados hoje pelo PR
Economia

Antigo gestor da Sonangol entre os condecorados hoje pelo PR

18 de Julho, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouvir Rádio Mais

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.