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Projecto Artes ao Vivo volta à ribalta com batalhas de “spoken word”

Jornal Opais por Jornal Opais
28 de Abril, 2023
Em Cultura, Em Cartaz
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Projecto Artes ao Vivo volta à ribalta com batalhas de “spoken word”

O projecto ‘Artes ao Vivo’, um evento cria- do para contribuir para o crescimento da poesia “liberal”, como uma forma de se ex- pressar com liberdade artística através do “spoken word” (pala- vra falada), regressa à ribalta dois anos de- pois da paralisação em 2020

Ao celebrar os 19 anos de existência do ‘projecto, que se assinala amanhã, 29, a ocasião servirá para se destacar o regresso do evento e as suas realizações.

O mentor do projecto, Lukeny Bamba, reiterou que a festividade vai servir para reafirmar a marca no mercado cultural angolano, bem como a conquista de espaços noutras províncias do país, onde já se estava a firmar.

“Na verdade, queremos reafirmar a marca com esta celebração, e, se as coisas correrem bem, teremos o prazer de realizar um evento para celebrar os 20 anos de artes ao vivo. Tudo só vai depender dos apoios que estamos a solicitar”, reforçou.

No próximo mês, adianta, dar-seá o início às reuniões da associação de artistas de spoken word de Angola. Consta também das projecções futuras da organização a realização de um evento para homenagear Joice Zau e Elizângela Rita, figuras que contribuíram activamente para a emancipação da mulher jovem na cultura nacional, através do ‘artes ao vivo’, segundo fez saber um dos responsáveis.

O mentor do projecto referiu que este foi o primeiro evento em Angola a dar espaço aos jovens artistas, para que pudessem expressar as suas ideias com liberdade, sem intenções político-partidárias, por meio da arte poética.

O também rapper disse que, enquanto se expandia, a arte do ‘spoken’ ganhou espaço à liberdade de expressão no seio da juventude angolana, apesar das restrições que ainda se impunham naquela altura.

Contou que várias vezes foram obrigados a cancelar eventos por conta dos temas abordados por meio dos poemas recitados, que muitas das vezes “chocavam” o sistema de governação.

“No spoken alguns jovens encontravam o refúgio para se poder exprimir e, como se sabe, estes são revolucionários de essência, então havia sempre temas que incomodavam o governo naquela altura, e éramos obrigados a cancelar eventos por «ordens superiores» ”, recordou.

Apesar dos constrangimentos, o artista considera o ‘Artes ao Vivo’ como uma ferramenta que muito contribui para a liberdade de expressão em Angola, sobretudo no seio da juventude luandense.

De acordo Lukeny Bamba, do spoken nasceram também músicos, escritores, produtores, críticos literários e pintores.

Adianta que vários músicos, como C4-Pedro, Kool Klever, MCK, Jack Kanga, o humorista Gilmário Vemba são dos nomes que marcaram os primeiros passos ou desenvolveram suas veias artísticas através do ‘Artes ao Vivo’, onde frequentemente exprimiam suas ideias por meio da poesia e outros aproveitavam o momento para cantar e/ou contar anedotas.

Os percursores

Para o artista Pedro Bélgio, um dos percursores do ‘Artes ao Vivo’, o evento, que considera ser acima de tudo um espaço de microfone aberto, foi um marco que assistiu o nascimento de muitos artistas. “Testemunhámos o aparecimento de poetas e mestres da palavra com ‘dom divino’ como Domingos Dembo, Antónia Santos, Fernando Carlos, Mwata Camati e outros que, através da arte, faziam o exercício de democracia para a construção de uma sociedade melhor e equilibrada”, reiterou.

O mesmo conta que, na altura em que Lukeny trouxe o spoken word como uma “nova forma de apresentação de poemas”, nem todos eram adeptos do estilo e cada um trazia ao palco a sua arte do jeito que se sentiam mais livres e criativos, sublinhando que “o mais importante era a autenticidade”.

Pedro Bélgio destacou ainda o contributo do escritor nacional Kardo Bestilo, pseudónimo literário de Kussi Bernardo, para a aceitação e inclusão do spoken word fora das ‘artes ao vivo’.

Já o artista e escritor Jack Kanga, um dos intervenientes do projecto, sublinha que o spoken se desenvolveu no mercado nacional por causa do ‘Artes ao Vivo’.

Por outro lado, destaca que a iniciativa juntava a música e a poesia liberal num único evento que, na altura, já era uma referência em Angola.

“A primeira vez que eu me apercebi de spoken word em Angola foi através das Artes ao Vivo.

Posso considerar que eles são os pioneiros deste estilo no mercado nacional ou pelo menos eram os mais visíveis daquele tempo”, disse.

Actualmente a abraçar outros desafios paralelos, o artista salienta que o evento deu origem a outros projectos, destacando o movimento cultural “Lev’Arte”, fundado por Kardo Bestilo.

Sobre o projecto

O projecto surgiu em 2004, em Luanda, após Lukeny Bamba, que acabava de chegar do exterior, depois de ter estado mais de quatro anos em Chicago, nos Estados Unidos da América, enquanto estudante de engenharia informática, ter assistido nas ruas americanas as batalhas de “spoken word”, um jeito liberal que os afro-americanos tinham (ou têm até agora) de se expressar por meio da poesia ou, simplesmente, arte lírica.

Regressado a Angola, propriamente a Luanda, Lukeny quis expandir aquela arte lírica na cultura angolana, tendo decido procurar auxilio para dar vida àquele estilo ‘poético liberal’ no seio dos luandenses.

Foi então na galeria Cenários, da artista plástica Isabel Baptista, zona do Maculusso, onde tudo começou, com o intuito de permitir que os jovens pudessem se expressar artisticamente com liberdade e estilo.

O ‘spoken word’ difere-se da declamação da poesia normal, por ser uma forma de recitar de um jeito mais liberal, não obedecendo necessariamente às regras de expressão eufórica, como acontece na poesia normal.

Jornal Opais

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