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CSMJ lança formação de formadores como primeiro passo para criação da Escola Nacional de Magistrados no país

Jornal OPaís por Jornal OPaís
18 de Junho, 2025
Em Política
Tempo de Leitura: 2 mins de leitura
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CSMJ lança formação de formadores como primeiro passo para criação da Escola Nacional de Magistrados no país

O Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ) deu início na segunda-feira, 17, à primeira formação de formadores para magistrados judiciais, marcando assim o início do processo para a criação da futura Escola Nacional de Formação de Magistrados do país. A formação, que termina amanhã, 19 de Junho, em Luanda, e conta com a parceria da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Brasil (ENFAM)

Na abertura da acção formativa, o juiz conselheiro do Tribunal Supremo, Artur Gunza, referiu que esta formação representa a fase embrionária do ambicioso projecto de institucionalização de um centro nacional de excelência para capacitação contínua de magistrados angolanos.

“O modelo de formação de juízes deve afastar-se daquilo que se aprende nas universidades. Queremos implementar uma formação mais prática, com princípios de ética, gestão processual e gestão de pessoas”, afirmou o magistrado.

Para o juiz, a nova abordagem pedagógica visa preparar os magistrados judiciais não apenas do ponto de vista técnico, mas também para uma

melhor relação com a comunidade, colegas e demais operadores do sistema judicial. “É uma visão moderna e actual, que pretendemos colher dos colegas brasileiros, para depois aplicar aos nossos juízes angolanos”, sublinhou.

A formação, que envolve juízes de direito, juízes desembargadores e juízes conselheiros, conta com a presença do juiz federal do Brasil e secretário-geral da ENFAM, Ilan Presser.

O magistrado brasileiro enalteceu a iniciativa angolana e manifestou a sua total disponibilidade para partilhar as experiências acumuladas em duas décadas de existência da ENFAM.

“Queremos partilhar com os juízes angolanos a experiência de 20 anos da ENFAM, que vai celebrar duas décadas de existência no próximo ano”, destacou Ilan Presser.

A colaboração entre Angola e o Brasil no domínio da formação jurídica representa um marco importante na modernização e valorização do poder judicial angolano, apostando na qualificação de excelência como pilar da independência e eficácia da Justiça.

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