Hoje, 05 de Maio, em toda a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), comemora-se o Dia Mundial da Língua Portuguesa.
Essa data foi proclamada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em novembro de 2019.
Há quem diga que, em toda a lusofonia, ouve-se o grito de alegria e, claro, vê-se grandes danças de união e abraços dos povos negros e brancos de 9 países: Angola, Portugal, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Moçambique, Guiné-Equatorial e Guiné-Bissau.
A nossa querida língua é a quinta mais falada no mundo, com cerca de 280 milhões de falantes. Ela, tal como assegura a história, surge do latim vulgar, a forma popular do latim clássico, que foi introduzido na Península Ibérica pelos romanos a partir do século III.
Adicionalmente, ela é chamada “língua de Camões” devido à grande influência e importância de Luís Vaz de Camões.
Entretanto, apesar desse grande dia nas terras lusas, infelizmente, nós ainda discutimos/debatemos questões que, quando analisadas na perspectiva da Linguística, nada acrescentam à nossa amada, linda e querida língua.
Nenhum povo dos PALOP e, por extensão, na CPLP, fala melhor o português em relação ao outro. Não podemos criticar um determinado povo só porque é notório marcas de outras línguas a se sobreporem ao português. Não podemos dizer que o povo Z, H e Y fala mal só porque não apreciamos/gostamos do modo como se expressam.
Os povos são diferentes, logo, nunca haverá uniformização de pronúncia. Por outro lado, no caso dos africanos, a influência das línguas bantu cria, sem sombras de dúvidas, interferência no português.
Adicionalmente, o factor social e cultural pode, de certa forma, influenciar o modo como falamos o português. Hoje, nesse dia especial, o dia dos povos lusófonos, penso que deveríamos voltar a nossa atenção à valorização da língua e suas diversas variantes.
Deveríamos olhar, quiçá, nas diversas maneiras de como cada um de nós poderia engrandecer e elevar essa simpática língua.
Talvez, nesse dia, poderia haver um concurso de grande proporção entre povos dentro da comunidade lusófona.
No entanto, quer estejamos em África, Europa, América, não importa o lugar, o mais importante é que consigamos nos entender, unir e estabelecer laços de amizade e de cooperação.
Portanto, tal como menciona Pedro Cabrita Reis: “O português é uma língua que tem o aroma de todos os lugares do mundo, que tem canções de todos os povos do mundo”, sim, o português é para todos.
Por: Lutina Santos