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Encanto natural “Tchitundu-Hulu” pode ser alavanca para a economia e o turismo no Namibe

A província do Namibe, localizada ao longo da costa sul do país, é tida como a “Pérola do turismo”, a julgar pelo seu potencial, que já começou a ter a atenção do Executivo angolano, com vista a catapultá-la como uma das fontes de receitas para o Produto Interno Bruto (PIB) do país, no âmbito do Programa de Diversificação Económica, de modo a tornar a economia nacional menos dependente do petróleo

Jornal Opais por Jornal Opais
7 de Fevereiro, 2025
Em Economia
Tempo de Leitura: 6 mins de leitura
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Encanto natural “Tchitundu-Hulu” pode ser alavanca para a economia e o turismo no Namibe

Namibe possui mais de 45 locais turísticos, identificados com forte potencial para o fomento desta indústria, nas mais diversas modalidades, como turismo de sol e mar, aventura e cultura. Entre os locais identificados, o destaque recai para as Colinas do Curoca, Lagoa do Arco, Pedra do Ndolo-Ndolo, Falésia do Pinda, Capela dos Navegantes, Serra da Leba, Águas Termas da Montipa, Lagoa de Tchipopilo, Pinturas Rupestres de Tchitundu-Hulu, Praia do Piambo, Praia do Soba, Praia da Mariquita, Dunas Cor-de-rosa e a Zona dos Riscos.

O que mais chama a atenção dos turistas nacionais e internacionais, bem como dos investigadores, são as “Pinturas Rupestres de Tchitundu-Hulu, estampadas num morro granítico localizado no município do Virei, a 137 quilómetros a leste da cidade de Moçâmedes, capital da província do Namibe.

Fruto disso, é que no ano passado, a província teve o registo de entra- da de mais 20 mil turistas entre nacionais e estrangeiros.O mesmo local foi recentemente visitado pela vice-presidente da República, Esperança da Costa, sendo conhecido pelas gravuras ou pin-turas rupestres do “Morro Sagrado dos Mucuísses”, um dos mais belos conjuntos rupestres da Pré- História existentes em Angola, onde abundam representações de animais e desenhos esquematizados.

O espaço

O arqueólogo Benjamim Fernandes informou que o complexo arqueológico do Tchitundu-Hulu possui cinco sítios com artes rupestres, que já começam a solicitar uma atenção das autoridades administrativas locais e nacionais, fruto da acção humana e da natureza, no sentido de garantir a originalidade das pinturas com a sua conservação.

“Nós aqui no complexo arqueológico temos cinco sítios com artes ru-pestres, o Tchitundu-Hulu mulu- me, Tchitunu-Hulu mulume gravuras, Tchitundu-Hulu mulume pinturas, temos pedra das zebras e pedra das lagoas, portanto, ao todo, temos cinco sítios de artes e pinturas rupestres. A nossa preocupação tem a ver com o esta- do de conservação da arte rupestre.

Como se sabe, as gravuras encontram-se expostas a céu aberto e, por via disso, também expostas a todos os factores erosivos. Esta é a principal preocupação relativamente às gravuras. Em relação às pinturas, estão melhor conservadas, tirando esta de Tchitundu- Hulu opeleva. Nós temos tido infiltração de águas das chuvas que tem estado a atingir as figuras, que se encontram mais próximas da entrada da pintura”, detalhou.

Diferenciação das artes

Benjamim Fernandes disse que a diferença que caracteriza a ar- te rupestre são as variadas técnicas usadas para a sua execução pelas civilizações que habitaram o local há milhares de anos, que vão desde a pintura em estilo naturalista, semi-naturalista, gravura em picotagem e abrasão

Para preservar a sua durabilidade, o arqueólogo defende que o acesso ao complexo arqueológico seja regrado, já que o mesmo pode contribuir para a sua degradação que vai avançando com os efeitos dos factores erosivos.“Por isso, apelamos às instituições afins, por via de um concurso de especialistas internacionais, estamos a falar da UNESCO, que interviessem no sentido de reverter o actual estado de conservação da arte rupestre.

Nós estamos a falar da UNESCO, porque é uma organização que tem instituições especializadas para a conservação da arte rupestre. A UNESCO tem especialistas que conhecem as técnicas e métodos a serem usados para a conservação sem afectar a autenticidade da arte”, apelou.

Património Histórico da Província do Namibe

Depois do inventário feito pelo Governo, determinou-se que o Património Histórico da Província Portuária do Namibe é composto por 107 unidades, das quais 10 foram classificados como Património Histórico Nacional e inscritos no Património da Humanidade. Entre estes, sete foram catalogados com forte potencial para classificação nacional e um para a classificação mundial.

Fazem parte dos classificados a cidade velha de Moçâmedes, Cine Estúdio, Cine Teatro Namibe, Igreja do Santo Adrião, Fortaleza de São Fernando, ambos localizados no município de Moçâmedes; Pinturas Rupestres de Macahama, localizadas no município da Bibala; Edifício da Alfândega, Palácio do Governo Provincial, Estação arqueológica de Tchitundu-Hulu, que está localizada no município de Virei, e as Furnas da Torre do Tombo, na cidade de Moçâmedes.

O Governo Provincial do Namibe procedeu também recentemente à catalogação do Património Histórico com potencial para a classificação nacional num total de seis, como o cemitério da Arte Mbali, que se localiza no Bentiaba; Baía dos Tigres, no município do Iona; Largo do Pescador, localizado no Tômbwa; Forte da Ombaka, que se localiza no município da Lucira; Ex- Edifício da Câmara Municipal de Moçâmedes, na cidade de Moçâ- medes; Cepela da Nossa Senhora dos Navegantes, no Tômbwa e a Cadeia do Bentiaba, ex-Campo de concentração de São Nicolau.

O complexo arqueológico de Tchitundu-Hulu é o único que está inscrito para a classificação mundial. O arqueólogo Benjamim Fernandes explica as razões de ser o único sítio que poderá ser elevado a património mundial. “Uma das principais condições para que um dado património seja classificado como património mundial tem a ver com o valor universal excepcional.

O Tchitundu-Hulu tem valor universal excepcional, o que é suficiente para ser elevado-classificado património da humanidade e depois ver os critérios definidos pela UNESCO e que este local os reúne em sobra”, explicou.

Governo Provincial preocupado com o actual estado de conservação do Património Histórico

Depois de catalogado e classificado o Património Histórico da Província do Namibe, o Governo local está preocupado com o seu actual estado de conservação, sendo que parte dele está ocupado por alguns serviços.

Entre os sítios e monumentos que mais preocupam o Governo Provincial do Namibe, o destaque recai para a Fortaleza de São Fernando, que actualmente serve de Base Naval da Marinha de Angola, que apresenta algumas fissuras internas e externas, sobretudo, na sua muralha; o então campo de concentração de São Nicolau, que faz parte do Património da Luta de Libertação Nacional, mas que actualmente alberga os Serviços Prisionais, onde funciona a cadeia do Bentiaba.

Para a sua recuperação e revalorização, e com vista a dar um real contributo na indústria do turismo, que se pretende fazer dela um dos maiores contribuintes para o Produto Interno Bruto (PIB) do país, o Governo Provincial do Namibe propõe que sejam realizadas algumas acções concretas.

Retomar os contactos com o Ministério da Defesa e Veteranos da Pátria, no sentido de encontrar um outro local que possa acolher a Base Naval, ou a inclusão da empreitada nos Programas de Investimentos Públicos (PIP) 2026/2027 e a redefinição da sua função para fins turísticos, fazem parte das acções concretas propostas do Governo do Namibe, para a Fortaleza de São Fernando. Já para a Cadeia de Bentiaba, o Governo Provincial do Namibe propôs a elaboração e apresentação de um estudo para a sua reconversão em Museu de Sítio ou Património Histórico Nacional e ponto de atracção turística cultural.

VPR garante intervenção imediata ao Património Histórico do Namibe

A província do Namibe acolheu recentemen- te a 3.ª Reunião da Comissão Nacional Multissectorial para a Salvaguarda do Património Cultural Mundial, presidida pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, com o objectivo de analisar o Património Cultural Nacional, com vista à sua classificação e elevação.

Na ocasião, Esperança da Costa reconheceu que o Namibe possui um vasto e rico Património Histórico, a julgar pelo seu grande acervo que ainda grita por uma atenção particular, com vista o seu aproveitamento.

“Tivemos a oportunidade de passar pelo Cine Estúdio, efectuamos o lançamento da primeira pedra que permitiu o arranque das obras de reabilitação daquela infra-estrutura considerada um bem arquitectónico de raridade a nível mundial, e que nós aqui devemos fazer a intervenção devida para o conservar para que seja de facto um Património Cultural Perma- nente, histórico da nossa província e do país enquanto identidade cultural nacional. Passamos pela Fortaleza de São Fernando, esta mostra indícios fortes de uma possível derrocada, daí que a intervenção tem que ser imediata para podermos salvar este Património”, ressaltou.

Camelos podem ser o “motor” para acelerar o turismo no Sul de Angola

Com vista a fomentar o turismo de deserto na província do Namibe, o Governo angolano, por via de uma parceria, com os Emirados Árabes Unidos, recebeu mais de 100 camelos no passado mês de junho de 2024.

A vice-presidente da República, Esperança da Costa, que recente- mente visitou a estação zootécnica do Caraculo, 66 quilómetros a nordeste da província do Namibe, acredita que o processo de adaptação dos mamíferos do deserto está a correr dentro das expectativas e pode servir de motor para acelerar o turismo no Sul de Angola.

“De tudo o que está a ser feito do ponto de vista do desenvolvimen- to económico e social, visitamos a Estação Zootécnica do Caracu- lo, que hoje conta com cerca de 127 camelos, na verdade chega-ram como cortesia dos Emirados Árabes Unidos, cerca de 101, hoje a população já está em 127, o que quer dizer que 26 já nasceram em solo angolano, o que traduz uma certa adaptação dos camelos aqui às nossas condições climáticas”, manifestou.

Por outro lado, o director do Gabinete Provincial da Agricultura e Florestas, Tiago Puissa, disse que está em curso a construção de armazéns para a acomodação do fe- no para a alimentação dos camelos, para a posterior serem entregues aos operadores turísticos, com destaque para os resorts.

A principal dificuldade que as autoridades administrativas da Província do Namibe, que possui uma população estimada em 3 milhões, 68 mil e 175 habitantes, prende-se com a falta de camas, sendo que a província dispõe de apenas 1 mil 200 camas en- tre hotéis, resorts, aldeamentos, pensões e similares.

POR: João Katombela, no Namibe

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