OPaís
Ouça Rádio+
Qui, 6 Nov 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouça Rádio+
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

Angola e o dividendo

Jornal Opais por Jornal Opais
19 de Julho, 2024
Em Opinião

No último século, maior parte dos países experimentou um considerável crescimento económico, levando a dinâmica de crescimento populacional a grandes transformações. Essa transição foi associada à passagem de uma alta taxa de fertilidade e mortalidade para uma das mais baixas.

Poderão também interessar-lhe...

Carta do Leitor: Abalo sísmico na Huíla

Honra aos nacionalistas

Editorial: Liderança de Angola

À semelhança do que ocorre em alguns países africanos, a população angolana é maioritariamente jovem. Cerca de 65% da população do país, constituída por pessoas com idade inferior a 25 anos, 47,2% com menos de 15 anos e 18,6% com idade compreendida entre os 15 e os 24 anos, geram por si um autêntico dividendo demográfico.

Para já, os dividendos demográficos são um factor claro e amplamente discutido na literatura sobre desenvolvimento económico, explicando o facto de que alterações demográficas acarretam para as nações que as registam dividendos em termos de crescimento económico.

Por isso, é com bastante estranheza, pelo menos para mim, que assisto desde a apresentação da Estratégia Angola 2050 à disseminação da ideia de que somos muitos angolanos e, portanto, convém que sejamos capazes de controlar a taxa e a velocidade do crescimento populacional nacional, fazendo eco como verdade universal e inequívoca a abordagem malthusiana.

Para Malthus (1798), o crescimento da população sempre tenderia a superar a produção de alimentos, uma vez que o mesmo ocorreria numa progressão geométrica, ao passo que a produção de alimentos aumentaria em progressão aritmética. Logo, a chave do desenvolvimento económico reside no controlo da natalidade.

O que é contrariado por muitos modelos que abordam o crescimento económico, com destaque para Solow (1956), Lucas (1988) e Mankiw, Romer e Weil, 1992), que postulam que os processos de acumulação de factores e de progresso técnico determinam a taxa de crescimento do produto.

Ou seja, uma vez sendo exógenos esses factores, o produto per capita é função crescente do capital, da mão-de-obra e da tecnologia e, no estado estacionário, o crescimento económico é dado pelas taxas de crescimento populacional e progresso tecnológico.

Segundo Lucas (1988), as pessoas podem adquirir conhecimentos através da escola, e com isso aumentar o nível de capital humano, ou participar do processo de produção de bens e serviços.

Ao aumentar o esforço de acumulação de capital humano, os indivíduos aumentam a sua renda no futuro, em detrimento de uma eventual diminuição da renda no presente.

Podendo a lógica de acumulação do capital humano ser considerada semelhante à de acumulação do capital físico. De acordo com esta abordagem, a principal causa das diferenças entre as taxas de crescimento económico seria a diferença entre países das taxas de acumulação de capital humano.

O que foi prontamente reforçado por Romer (1990), que propôs a inclusão do capital humano no modelo neoclássico de crescimento, mas com a diferença do capital humano ser um determinante da oferta de novas ideias e tecnologias, introduzindo assim a importância da criatividade.

Considerando as proporções territoriais de Angola face a sua população actual, acredito ser uma inverdade a defesa da contenção da taxa de crescimento da população (situadas perto dos 3,36%), a não ser que a mesma contenha verdades inconfessas. Assim sendo, torna-se pertinente a necessidade de fazermos a economia crescer a taxas superiores ao do crescimento da população, não obstante ser mais trabalhoso.

Deste modo, faz-se necessário que esse crescimento populacional seja acompanhado por um aumento na oferta e qualidade da educação, passando por um planeamento assertivo e exigente em competências, conhecimento e diversidade de habilidades e não permitindo o seu esgotamento na análise das percentagens das despesas orçamentais destinadas ao sector da educação, mas sim que o país consiga verdadeiramente aproveitar positivamente o seu dividendo demográfico.

 

Por: WILSON NEVES*

*Economista

Jornal Opais

Jornal Opais

Recomendado Para Si

Carta do Leitor: Abalo sísmico na Huíla

por Jornal OPaís
6 de Novembro, 2025

Ao coordenador do jornal OPAÍS, saudações e votos de óptima quinta-feira! Nos últimos tempos, a província da Huíla vai registando...

Ler maisDetails

Honra aos nacionalistas

por Dani Costa
6 de Novembro, 2025

De fora terão ficado muitos daqueles que mereceriam o reconhecimento do Estado angolano nestas comemorações dos 50 anos de independência....

Ler maisDetails

Editorial: Liderança de Angola

por Jornal OPaís
6 de Novembro, 2025

No plano da diplomacia, prática que visa negociar e gerir relações entre diferentes países ou organismos internacionais, por intermédio de...

Ler maisDetails

Os desafios de um professor de Língua Portuguesa: perspectivas globais e o contexto angolano

por Jornal OPaís
5 de Novembro, 2025

A docência de Língua Portuguesa traduz desafios complexos no mundo de hoje, que vão além da mera gramática ou literatura....

Ler maisDetails

‎Norte-americana condenada a 24 anos de prisão por mandar matar marido missionário‎

6 de Novembro, 2025

Bilhetes para o jogo entre Angola e Argentina serão comercializados a partir de sábado

6 de Novembro, 2025

Eliminação de certificado de conformidade encoraja pequenas empresas a entrarem na exportação e importação

6 de Novembro, 2025

Leitura do acórdão dos generais Kopelipa e Dino adiada por compromisso oficial dos juízes do Supremo

6 de Novembro, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouça Rádio+

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.