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Ministério quer instalar no país refinaria de ouro

Jornal Opais por Jornal Opais
5 de Maio, 2023
Em Economia
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Ministério quer instalar no país refinaria de ouro

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, afirmou, na última Quarta-feira, em Cabinda, a pretensão de o ministério instalar uma fábrica em Angola com o intuito de começar a refinar o ouro localmente, de forma a evitar que este metal precioso seja exportado em estado bruto para outros países

O governante expressou essa ideia no acto da inauguração de um projecto aurífero adstrito à Mineração Buco-Zau, uma empresa de direito angolano que se dedica à prospecção, desenvolvimento, extracção de activos de ouro e demais metais preciosos em Cabinda.

Segundo o ministro Diamantino Azevedo, o ouro é um mineral extremamente importante. “É por isso que o ministério está empenhado para além da pro- moção de mais projectos de ouro, também criar uma refinaria para que possamos começar a refinar o ouro aqui no nosso país.” Na ocasião, Diamantino Azevedo exortou os promotores a não se abdicaram da sua responsabilidade social com a implementação de projectos sociais sustentáveis que façam com que a população consiga ter meios, conhecimentos e hábitos para que elas próprias possam criar a sua sustentabilidade.

“Isto é possível com o empenho e experiência dos promotores do projecto e dos trabalhadores expatriados”, vaticinou. Segundo o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, o projecto Mineração Buco-Zau obedeceu não só aos aspectos geológicos e técnicos mas também os aspectos inerentes à conservação do meio ambiente com a preservação das espécies nativas da flora e fauna da região, de modo que “no fim da vida útil do projecto possamos recuperar e reabilitar a área o máximo possível de acordo àquilo que era antes.”

O governante referiu-se bastante sobre os aspectos ambientais e anunciou, na ocasião, que “estamos a pensar em instituir um prémio para as empresas mineiras que tenham melhor desempenho social e ambiental.” “Esperamos que vocês sejam os primeiros a ganhar este prémio que queremos instituir. Fica aqui lançado o desafio”, disse.

O administrador municipal do Buco-Zau, Oscar Dilo, espera que o projecto ora inaugurado seja um factor de desenvolvimento para alavancar a economia e melhorar a vida das comunidades locais, enquanto a governadora provincial Mara Quiosa afirmou que a mineração vai agregar uma mais-valia a outros projectos que estão na rota de desenvolvimento, geração de empregos e na movimentação da economia de Cabinda.

50 quilos de ouro explorados

A Mineração Buco-Zau, ora inaugurada, começou a sua actividade na província de Cabinda, em 2015, numa extensão de 331 quilómetros quadrados. O primeiro investimento de USD 4 milhões, permitiu, a priori, a aquisição de uma planta de produção com capacidade para processar 50 toneladas/hora que, na verdade, só lavrava 30 toneladas de detritos o que provocou um impacto negativo na sua produção.

Por este motivo, a empresa foi forçada a investir mais USD 10 milhões para aumentar a capacidade de lavrar detritos de 30 toneladas para 180 toneladas por hora. Em 2021 e 2022, a empresa produziu 50 quilogramas de ouro avaliados, no mercado comercial, em USD 2 milhões e 750 mil. 40 quilos dessa produção foram exportados para Portugal.

Em entrevista ao jornal OPAÍS, o director da Mineração Buco- Zau, Ranieri Almeida, disse que os primeiros resultados representaram uma baixa produtividade e um elevado custo da produção, já que a planta com capacidade para produzir 50 toneladas só conseguia atingir 30 toneladas de lavragem por hora. Para conferir maior agilidade e melhorar os dados económicos do projecto, segundo com Ranieri Almeida, a empresa investiu mais dinheiro para a aquisição de uma segunda planta com capacidade de processamento de 150 toneladas por hora e adicionada às 30 toneladas da antiga unidade passou a ostentar uma capacidade total de 180 toneladas por hora.

Com a entrada em funcionamento da nova unidade, segundo revelou a este jornal Ranieri Almeida, a capacidade de produção mensal da Mineração Buco-Zau será de 15 quilogramas de ouro, enquanto o complexo mineiro do Luezi vai produzir 12 quilos por mês. O objectivo é aumentar a capacidade de produção para tornar o projecto rentável para captar uma série de acções que são importantes quer para a empresa quer para o desenvolvimento do município de Buco-Zau, em particular, e da província de Cabinda, em geral.

Para além da Mineração Buco- Zau, a empresa controla também o complexo mineiro do Luezi que engloba três zonas de exploração, nomeadamente Luezi, Mongobuco e Penicácata. Até ao momento, a empresa controla 28% da zona potencial secundária já avaliada, com 54 ocorrências minerais identifica- das, com 38 áreas em desenvolvimento, das quais 21 lavradas. No tocante às minerações primárias, os trabalhos de prospecção já efectuados permitiram a identificação de várias zonas potenciais de existência de ouro primário e 2.250 amostras indicativas de zonas onde está localizado este minério.

Mais de 200 empregos

O projecto Mineração Buco-Zau emprega, neste momento, 222 funcionários, 175 têm empregos directos, com idades que variam dos 20 aos 55 anos distribuídos em sete áreas de actividades, tais como operações, máquinas e equipamentos, administração, geologia, transformação, beneficiamento e controlo. A primazia do emprego, segundo Ranieri Almeida, vai sempre para pessoas localizadas nas aldeias e áreas abrangidas pela exploração.

Em relação à protecção do meio ambiente, Ranieri Almeida adiantou que a empresa tem uma equipa bem treinada focada na conservação e reabilitação ambiental com a colecta e reposição de mudas da própria floresta do Maiombe. Em viveiro, que se encontra no estaleiro, no Binga, a empresa conta com um total de 8.500 mudas que vão ser reabilitadas nas áreas lavradas. “Temos contribuído, em parceria com a gestão do Parque Nacional do Maiombe, na protecção da fauna, bem como temos de for- ma muito consistente monitorado com análises diárias e mensais das águas drenadas e dos entulhos das nossas operações”, assegurou Ranieri Almeida.

POR: Alberto Coelho, em Cabinda

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