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Falta de mecenas e espaços para exibição continuam a ser as principais barreiras do teatro em Angola

Jornal Opais por Jornal Opais
18 de Abril, 2023
Em Cultura, Em Cartaz
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Falta de mecenas e espaços para exibição continuam a ser as principais barreiras do teatro em Angola

A falta de apoio financeiro e material e a escassez de espaços para as sessões de apresentação das peças continuam a ser apontadas, pelos actores da área, como as principais barreiras do desenvolvimento do teatro em Angola

Para os fazedores desta arte, o sector carece de investimentos e incentivos institucionais para que possa ganhar mais espaços e notoriedade, assim como acontece com a música e outras áreas da cultura, como avançou a este jornal a encenadora e actriz Helena Moreno.

Em declarações a OPAIS, à margem da apresentação da peça teatral dirigida por si, intitulada “Calma, o Karma Vem”, exibida no último Domingo, 16, no hotel Royal Plaza, em Talatona, a actriz considerou ser muito difícil trabalhar no sector teatral por causa do elevado investimento e apoio que o sector carece.

“Esta é a maior dificuldade que nós, como actores, produtores, encenadores, pessoas ligadas ao teatro, temos.

O sector envolve muitos custos e fazer este trabalho com custos próprios é muito difícil e dispendioso para nós que quase nada temos se não a vontade e paixão pela arte”, expressou.

A par da falta de apoio, Helena Moreno disse também que a escassez de espaços para as exibições é, igualmente, uma das barreiras com que se deparam todos os dias, tendo sublinhado que “os poucos espaços que o país oferece são quase todos de entidades privadas e com custos muito altos”.

“Por exemplo, para se ter uma peça da dimensão da que hoje foi aqui apresentada, são necessários pelo menos cerca de 6 milhões de kwanzas só a cobrir as despesas da própria encenação, sem mencionar os custos com o aluguer do espaço para a exibição”, detalhou a encenador.

A mesma adianta que, embora a vontade e a paixão pela arte sejam maiores, sem apoio fica cada vez mais difícil de se trabalhar, uma vez que “o sector ainda rentabiliza na mesma proporção com que gasta”.

“Ainda assim, nesta peça tivemos o suporte dos parceiros, pois, se não tivéssemos os parceiros, os custos seriam superiores a kz 10 milhões e sem ter a rentabilidade desejada, porque o sector ainda dá o retorno dos custos que abarca”, salientou.

Com uma vasta carreira de há mais de 15 anos, Helena Moreno diz ser impossível viver apenas do teatro em Angola, face às dificuldades e limitações que o sector ainda apresenta.

“Não digo que não dá rendimento, dá de algum jeito, mas para quem preconiza atingir grandes patamares é quase impossível sobreviver do teatro em Angola. Édifícil por causa das dificuldades que já conhecemos”, salientou.

Quem partilha da mesma opinião é o actor de cinema e teatro Mac Gonell, que sublinhou ser bastante difícil fazer cinema e ou teatro no país por falta de mecenas que “realmente apoiam o sector e a causa sem interesses comerciais ou políticos”.

“Para se produzir uma peça envolve muitos custos, é preciso pagar alimentação, vestuário, transporte, parte e tudo isso. Infelizmente não existe ainda apoios, e se existe é muito reduzido, insuficiente para fazer face a todos estas despesas”, disse.

Em contrapartida, os actores apelam os empresários a apostarem mais no sector que, segundo os mesmos, “é uma peça fundamental para o desenvolvimento da cultura nacional e, sobretudo, para a consciencialização e moralização da sociedade.

“Sabemos que o teatro transforma a mentalidade das pessoas e tem contribuído significativamente para a retirada de vários jovens e adolescentes do mundo das drogas e da delinquência, mas a falta de apoio e espaços dificultam as coisas.

Não há sítios onde podemos ensaiar muito menos onde podemos apresentar o nosso trabalho”, lamentou.

“O Karma vem” é uma peça que apela os cuidados aos idosos e pessoas da terceira idade

Apresentada na noite do último domingo, a peça “Cuidado, o Karma Vem” conta a história de três idosos (duas senhoras e um senhor) abandonados pelos familiares num lar de acolhimento, acusados de feiticeiros e vítimas de exclusão e desprezo.

Com idades já avançadas e vulneráveis, os velhos lamentam pela “sorte madrasta” que a vida lhes proporcionou pela falta de gratidão dos filhos e netos, depois de tudo que fizeram pelos mesmos.

Sob autoria da produtora Light Life, da actriz Helena Moreno, a peça teatral, do género comédia e drama, juntou quatro experientes actores de diferentes grupos que, com suas habilidades técnicas e profissionais, levaram o público à reflexão sobre a forma vulnerável com que têm tratado os idosos, estampando a frase: “Ninguém é jovem para sempre.

Pois, hoje jovens somos, amanhã idosos seremos”.

Os dramatizadores da peça foram os actores Mac Gonel (como avó Dionísio), Conceição Diamante (avó Engrácia), Deosoul Colsoul (avó Maria) e Maria Manuela (como dona Manuela, a coordenadora do lar), e teve como encenador Hilário Nelson e Diafragma Gonçalves como dramaturgo.

No final da peça, a directora elucidou que o objectivo era consciencializar a sociedade sobre a forma como têm tratado os idosos, assim como alertar os jovens actuais a assumirem com integridade e responsabilidade o dever de pais e mães de modos a evitarem uma velhice amarga e desprezível.

“Hoje vemos muitos velhos abandonados nos lares e outros até deixados nas ruas, a maioria deles acusados de feiticeiros. O objectivo é mudar a consciência das pessoas sobre este pecado grave”, disse, Helena Moreno.

Por outro lado, acrescentou, “queremos também alertar a juventude sobre a postura que têm adoptado enquanto ainda estão na flor da idade. Muitos fartamse das suas responsabilidades e esquecem-se que ninguém fica jovem para sempre, a vida depois dá-lhes o troco das suas imaturidades. É a lei do ‘Karma”, reforçou.

“Calma o Karma Vem” é a quarta obra teatral produzida por Helena Moreno, enquanto directora da Light Life, após as peças “Loucas por PSM” e “Asfixiados Por Elas” (ambas apresentadas em 2021), e “Gemidos de Três Mulheres” (exibida em 2022).

 

Por: Bernardo Pires

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